Na reação aos casos de corrupção e outros comportamentos desviantes, o que conta são os atos e não as palavras. Falo-vos de factos: a reação de André Ventura nada, mas nada tem que ver com a reação habitual dos partidos do Sistema, encabeçados pelo centrão PS-PSD. Vejamos: André Ventura dá o exemplo e nos casos que têm surgido, assume uma conduta de coragem e frontalidade, sem ambiguidades e menos ainda teatralidades.
Isto independentemente de onde surgem esses casos, por maioria de razão quando atinge um membro do CHEGA. A sua política é clara e implacável. Ventura exige que qualquer militante envolvido em situações de suspeita ou investigação judicial abandone de imediato o partido ou se afaste das suas funções.
A regra é sempre a de que o CHEGA não exige aos outros o que não exige entre portas. No CHEGA não há espaço para se brincar com os eleitores que em nós confiaram o seu voto!
Todos nós lembramos que o PS conviveu sempre muito bem com Sócrates, o preso 44, mesmo quando já pairavam sobre si suspeitas insustentáveis, tendo este saído do partido só quatro anos depois, e pelo seu pé. Até aí, o PS nunca teve qualquer medida ou reação concreta de firmeza e coragem. Os casos e casinhos do Partido Socialista nunca foram enfrentados por Costa.
Nada foi ou é com ele! Lembram-se do caso Galamba e do mais recente caso Escária, este no próprio gabinete de Costa? Pedro Nuno Santos também nunca soube ou sabe de nada! No caso do PSD, temos visto que o primeiro-ministro foge de cena. Quando um caso de corrupção emerge envolvendo um membro do PSD, Montenegro tende a esperar que a situação passe e seja esquecida. Em último caso, quando muito, o líder social-democrata opta por deixar que os envolvidos decidam pelo seu afastamento, em vez de ser ele próprio a exigir publicamente uma demissão imediata. Passou-se com o seu amigo Pinto Moreira, e agora com o secretário de Estado Hernâni Dias, tendo saído ambos pelo seu próprio pé. André Ventura não fugiu, não foge, nem fugirá, quando seria facílimo.