Portugal recebeu até fim de 2024 mais de 94% do programado no PT 2020

Portugal recebeu, até ao final de dezembro de 2024, 94,4% do valor programado no Portugal 2020 (PT 2020), registando a quinta maior taxa de pagamentos intermédios entre os países com envelopes financeiros acima de 7.000 milhões de euros.

© DR

“Até 31 de dezembro de 2024, foram transferidos 25.545 milhões de euros para Portugal a título de pagamentos intermédios efetuados pela Comissão Europeia, como resultado da execução das operações financiadas pelos fundos europeus afetos ao Portugal 2020″, revelou o mais recente boletim dos fundos da União Europeia.

Portugal registou assim, à data, a quinta maior taxa de pagamentos intermédios, considerando os países com envelopes financeiros acima de 7.000 milhões de euros, ficando 1,7 pontos percentuais acima da média europeia (92,7%).

Já tendo em conta todos os Estados-membros, o valor transferido por Bruxelas para Portugal é o sétimo maior.

Portugal fica atrás da Polónia, Itália, Espanha, Roménia, Alemanha e França, sendo que estes países apresentam envelopes financeiros superiores.

A Comissão Europeia transferiu 447.711 milhões de euros para os 28 Estados-membros e 5,6% desse montante foi destinado a Portugal.

No final de 2024, os pagamentos aos beneficiários representavam cerca de 27.100 milhões de euros de fundos, o equivalente a 100,6% da dotação total do PT 2020.

Destaca-se aqui o domínio da competitividade e internacionalização (8.200 milhões de euros), seguido pelo desenvolvimento rural (4.900 milhões de euros) e pelo capital humano (4.600 milhões de euros).

No período em análise, estavam aprovados 29.300 milhões de euros de fundos para apoiar investimentos de 50.000 milhões de euros.

Por sua vez, contabilizaram-se 27.600 milhões de euros executados, sendo que 8.200 milhões de euros enquadram-se no domínio da competitividade, 4.900 milhões de euros no desenvolvimento rural e 4.700 milhões de euros no domínio do capital humano.

O PT 2020 consiste num acordo de parceria entre Portugal e a Comissão Europeia, “no qual se estabelecem os princípios e as prioridades de programação para a política de desenvolvimento económico, social e territorial de Portugal, entre 2014 e 2020”.

Os primeiros concursos do programa PT 2020 foram abertos em 2015.

O programa é abrangido pela regra n+3, o que significa que, apesar de a sua vigência ter terminado em 2020, foram dados mais três anos para a sua execução.

O dia 31 de dezembro de 2023 correspondeu à data-limite para os promotores realizarem e pagarem as despesas, mas não ao fim do programa. Até ao final de julho de 2024, os beneficiários puderam apresentar os pedidos de reembolsos às autoridades de gestão dos respetivos programas.

As autoridades de gestão realizam verificações, validam e pagam despesas, enquanto a autoridade de certificação analisa e formaliza o último pedido de pagamento dos programas operacionais.

Este mês, os documentos de encerramento, onde se inclui o relatório final de execução, deverão ser apresentados.

Últimas de Economia

Os pagamentos em atraso das entidades públicas situaram-se em 870,5 milhões de euros até outubro, com um aumento de 145,4 milhões de euros face ao mesmo período do ano anterior, segundo a síntese de execução orçamental.
O alojamento turístico teve proveitos de 691,2 milhões de euros em outubro, uma subida homóloga de 7,3%, com as dormidas de não residentes de novo a subir após dois meses em queda, avançou hoje o INE.
A taxa de inflação homóloga abrandou para 2,2% em novembro, 0,1 pontos percentuais abaixo da variação de outubro, segundo a estimativa provisória divulgada hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O ‘stock’ de empréstimos para habitação acelerou em outubro pelo 22.º mês consecutivo, com um aumento homólogo de 9,4% para 109.100 milhões de euros, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
A proposta de lei de Orçamento do Estado para 2026 foi hoje aprovada em votação final global com votos a favor dos dois partidos que apoiam o Governo, PSD e CDS-PP, e com a abstenção do PS. Os restantes partidos (CHEGA, IL, Livre, PCP, BE, PAN e JPP) votaram contra.
O corte das pensões por via do fator de sustentabilidade, aplicado a algumas reformas antecipadas, deverá ser de 17,63% em 2026, aumentando face aos 16,9% deste ano, segundo cálculos da Lusa com base em dados do INE.
O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em novembro, após dois meses de subidas, enquanto o indicador de clima económico aumentou, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os gastos do Estado com pensões atingem atualmente 13% do PIB em Portugal, a par de países como a Áustria (14,8%), França (13,8%) e Finlândia (13,7%), indica um relatório da OCDE hoje divulgado.
Os prejuízos das empresas não financeiras do setor empresarial do Estado agravaram-se em 546 milhões de euros em 2024, atingindo 1.312 milhões de euros, com a maioria a apresentar resultados negativos, segundo um relatório do Conselho das Finanças Públicas (CFP).
Os preços dos hotéis na região de Lisboa aumentaram 26,7% na Web Summit, face à semana anterior, para uma média de 151 euros, segundo um estudo da NOVA Information Management School, com dados da Host Intelligence, divulgado hoje.