Empresa de Trump processa juiz brasileiro por supressão de apoios a Bolsonaro

Uma empresa de comunicação de Donald Trump apresentou, na quarta-feira, uma queixa contra um juiz do Supremo Tribunal do Brasil por alegadamente suprimir ilegalmente a atividade nas redes sociais norte-americanas de conservadores brasileiros apoiantes de Jair Bolsonaro.

© D.R.

A empresa Trump Media & Technology Group (TMTG) e a plataforma de vídeos Rumble apresentaram a queixa em um tribunal de Tampa, no Estado da Florida, contra o juiz Alexandre de Moraes.

“A Rumble e a TMTG apresentam esta queixa para deter as intenções do juiz Moraes de censurar ilegalmente as empresas norte-americanas que operam principalmente no solo dos EUA”, detalha-se na caixa, a que a EFE teve acesso.

Segundo a queixa nos EUA, o juiz procurou suprimir de forma ilegal a atividade de vozes conservadoras brasileiras, violando as proteções de liberdade de expressão consagradas na Primeira Emenda da Constituição dos EUA.

“O juiz Moraes emitiu ordens radicais para suspender várias contas baseadas nos EUA de um conhecido utilizador politicamente frontal, assegurando que nenhuma pessoa nos EUA possa ver o seu conteúdo”, especifica-se na queixa.

O ex-presidente Bolsonaro, aliado de Trump, enfrenta uma denúncia da Procuradoria brasileira, que o acusa de “liderar” uma conspiração golpista para anular a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022.

Na quarta-feira, o Supremo Tribunal do Brasil notificou o ex-presidente da acusação.

Os queixosos nos EUA querem um julgamento com jurados e uma ordem judicial permanente que “proteja a soberania digital de Estados Unidos”.

Bolsonaro está em vias de se sentar no banco dos réus no Brasil, sob cinco acusações, entre as quais “tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito”, “golpe de Estado” e “organização armada para delinquir”, o que é passível de uma sentença de até 40 anos de prisão.

Últimas do Mundo

O Presidente da Ucrânia pediu hoje a todos os seus aliados que ajudem Kiev a neutralizar os drones russos, depois de contabilizar mais de 1.800 daquelas aeronaves não tripuladas lançadas por Moscovo na última semana.
A organização de primeiros socorros Defesa Civil na Faixa de Gaza anunciou que pelo menos 27 palestinianos foram mortos em ataques israelitas em vários pontos do território durante a madrugada e manhã de hoje.
O Papa Leão XIV recebeu hoje oito comunidades religiosas e de missionários em Castel Gandolfo, onde passa uns dias de descanso, e encorajou-os “a pensar em grande”.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou hoje que Bruxelas continua disposta a negociar com os EUA para chegar a um acordo antes de 01 de agosto, após Donald Trump anunciar tarifas de 30%.
A Ucrânia afirmou hoje que a Rússia lançou quase 600 drones e disparou 26 mísseis de cruzeiro contra o país, fazendo dois mortos e 20 feridos, apesar de ter conseguido abater mais de metade dos drones e mísseis.
O Governo de França proibiu o uso de ecrãs digitais em creches e centros de educação, para crianças com menos de três anos, para as "proteger voluntariamente" destes estímulos "durante os primeiros anos de vida".
O chefe da diplomacia da Rússia, Sergei Lavrov, reconheceu hoje o envolvimento de soldados norte-coreanos na "libertação da região de Kursk" e descreveu-o como prova da "irmandade inquebrável" entre os dois países.
Uma operação internacional contra o tráfico de pessoas levou à identificação de 1.194 potenciais vítimas e à detenção de 158 suspeitos em 43 países, revelou hoje a Interpol.
Um agente dos serviços secretos da Ucrânia (SBU) foi hoje morto a tiro em Kiev, anunciou o próprio organismo, numa ocorrência considerada rara, mesmo em contexto de guerra.
A Força Aérea ucraniana disse hoje que a Rússia lançou, durante a última noite, o maior ataque com ‘drones’ e mísseis desde o início da invasão em 2022.