Empresas em grupos representaram 59,4% do VAB em 2023

As empresas que pertencem a um grupo representavam 7,9% do total de sociedades no país, em 2023, mas acumulavam 40,7% do pessoal ao serviço e quase dois terços (59,4%) do valor acrescentado bruto (VAB), disse hoje o INE.

© D.R.

De acordo com os dados definitivos hoje publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2023 havia 41.452 empresas pertencentes a grupos, que representavam, ainda, 63,3% do volume de negócios e 66,9% do excedente bruto de exploração (EBE).

Em relação a 2022, o número de empresas em grupos cresceu 3,9%, o pessoal ao serviço destas 6,5% e o VAB 17,2%.

As empresas dos serviços financeiros eram as que tinham uma maior fatia pertencente a um grupo, com 27,7%, seguindo-se os setores da industria e energia (11,7%) e da informação e comunicação (11,0%). Estas concentravam, respetivamente, 81,5%, 66,2% e 79,5% do VAB gerado pelos respetivos setores.

O INE regista ainda que as empresas integradas em grupos tiveram maior remuneração média anual e produtividade aparente do trabalho face às restantes sociedades, com, respetivamente, 23,8 mil euros face a 15,6 mil euros e 59,6 mil euros face a 28,3 mil euros.

No ano em análise, 16,6% das empresas pertencentes a grupos eram de elevado crescimento — isto é, tinham mais de 10 pessoas remuneradas e com um crescimento médio anual superior a 10% ao longo de três anos –, sendo que as empresas de grupos multinacionais estrangeiros apresentaram a maior proporção (18,7%).

O rácio de empresas não financeiras com perfil exportador e que pertenciam a grupos foi de 15,2%, “significativamente acima da proporção registada pelas sociedades não pertencentes a um grupo (5,5%)”, dominando entre as integradas em grupos multinacionais estrangeiros (25,2%) e sendo mais baixa nas integradas em grupos domésticos (8,0%).

Os dados mais recentes do INE, referentes a 2022, apontam que, nesse ano, exerciam atividade em Portugal 16.873 grupos de empresas domésticos e multinacionais, 58,0% dos quais com centro de decisão em Portugal.

Últimas de Economia

O Banco Central Europeu (BCE) vai reduzir o prazo da aprovação das recompras de ações dos bancos a partir de janeiro para duas semanas em vez dos atuais três meses, foi hoje anunciado.
A produtividade e o salário médio dos trabalhadores de filiais de empresas estrangeiras em Portugal foram 69,6% e 44,2% superiores às dos que laboravam em empresas nacionais em 2024, segundo dados divulgados hoje pelo INE.
O subsídio de apoio ao cuidador informal deixa de ser considerado rendimento, anunciou hoje o Governo, uma situação que fazia com que alguns cuidadores sofressem cortes noutras prestações sociais, como o abono de família.
O Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter os juros inalterados, como era esperado pelos analistas e mercados, segundo foi hoje anunciado após a reunião de dois dias.
Os títulos de dívida emitidos por entidades residentes somavam 319.583 milhões de euros no final de novembro, mais 1.200 milhões de euros do que no mês anterior, segundo dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).
A taxa de juro no crédito à habitação encontradau 4,7 pontos para 3,133% entre outubro e novembro, mas nos contratos celebrados nos últimos três meses a taxa levantada pela primeira vez desde abril, segundo o INE.
Sete em cada 10 jovens dizem não conseguir ser financeiramente autónomos e a maioria ganha abaixo do salário médio nacional, segundo um estudo que aponta o custo da habitação como um dos principais entraves à sua emancipação.
O Governo aprovou hoje o aumento do salário mínimo nacional em 50 euros em 2026, de 870 para 920 euros (brutos), anunciou hoje o ministro da Presidência após o Conselho de Ministros.
A Comissão Europeia estima que os preços da habitação em Portugal estejam sobrevalorizados em 25%, sendo esta a percentagem atual mais elevada na União Europeia (UE), sendo também um dos piores países nas variações no poder de compra.
A Comissão Europeia vai propor esta terça-feira um alívio nas regras de ajudas estatais da União Europeia e limites ao alojamento local para promover acesso à habitação acessível no espaço comunitário, sendo Lisboa uma das cidades comunitárias mais pressionadas.