Tenho-me divertido a ouvir o que alguns, não todos, os comentadores das TV’s dizem sobre as declarações do Presidente Donald J Trump.
Salvo raríssimas e honrosas excepções, por inteligentes, (dentre as quais destaco a inteligente análise do Dr Santana Lopes, que foi dos pouquíssimos que já percebeu o que o Presidente Trump está a tentar fazer),
As pretensas “análises” da maioria dos pretensos “analistas” fazem-me rir, embora algumas me façam sentir “verdadeira vergonha alheia”.
Então o que está a tentar fazer o 47º Presidente dos EUA?
Muito simples para quem tem experiência de negociação em empresas com alguma dimensão:
1.º- O Presidente parte de declarações aparentemente disruptivas, as quais se destinam a causar perplexidade e incómodo nos destinatários;
2.º- As suas declarações são destinadas a transmitir uma posição de força, uma posição dominante, uma posição de exigência máxima, na mente dos destinatários das mesmas;
Na verdade, para atingir os objectivos numa negociação é assim que se faz.
Exige-se obter o máximo proveito, para depois se obter um resultado mais baixo, mas que é o verdadeiro, o real, objectivo a atingir.
Mais, tem na sua equipa quem faça dentro desse espírito o papel de “polícia bom”, ou de “polícia mau”, consoante os temas e os alvos, de forma a atingir os objectivos que traçou e que, repito, só ele e a sua equipa sabem.
Ora o que eu tenho visto são duas coisas:
1.ª- uma Ignorância absoluta do que é uma negociação;
2.ª – uma lamentável Ignorância e falta de conhecimento, por parte dos pretensos ‘analistas”, arvorados “especialistas em Relações Internacionais” e outros títulos sem conteúdo real.
O que o Presidente Donald Trump está a fazer é simples:
– Ameaça com sanções quem não quiser negociar com ele.
Os seus objectivos só ele e a sua equipa o sabem, como é óbvio.
Se os divulgassem perdiam as negociações que estão a forçar com os destinatários a saber:
– China, México, Canadá e U.E.
Quando ele atingir os objectivos, que só ele e a sua equipa conhecem, dar-se-á por satisfeito.
Salvaguardará assim a face dos oponentes, fingindo recuo, mas que na verdade não será mais do que o ter atingido os objectivos dele e da sua equipa;
Salvaguardando assim a imagem saudável de um resultado negocial “win, win”, que aparentemente deixará todos os intervenientes satisfeitos.
Continuarei a rir-me até que estes processos negociais cheguem ao fim.
Aí voltarei a maçar-vos com os resultados que, na verdade, o 47º Presidente dos EUA, e a sua equipa, obtiveram para o seu País.