EUA sublinham “empenho a 100%” na segurança a Israel

O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, disse ao seu homólogo israelita, Israel Katz, que o governo de Washington "está 100% empenhado na segurança de Israel" e que os dois países concordaram em "trabalhar em conjunto" para enfrentar o Irão.

© Facebook de Pete Hegseth

O Pentágono afirmou, num comunicado divulgado após a conversa telefónica, que os dois conversaram para “discutir interesses bilaterais, desenvolvimentos e oportunidades regionais e prioridades de assistência à segurança”.

“O secretário reafirmou que os Estados Unidos continuam 100 por cento empenhados na segurança de Israel e sublinhou o laço inquebrável que existe entre os Estados Unidos e Israel”, disse, antes de afirmar que os dois “concordaram que o Irão continua a ser uma ameaça à segurança regional e concordaram em trabalhar em conjunto para enfrentar este desafio”.

Por seu turno, Katz enalteceu a “grande conversa” com Hegseth e revelou, numa mensagem na sua conta nas redes sociais, que lhe agradeceu “o apoio da administração de Donald Trump na aceleração da ajuda militar a Israel, bem como o seu compromisso inabalável com a segurança de Israel”.

“Estamos de acordo. Todos os reféns têm de regressar a casa e o governo do Hamas em Gaza tem de ser afastado. O Irão continua a ser a maior ameaça à segurança regional”, disse, adiantando que vão trabalhar em conjunto “para impedir que o Irão obtenha armas nucleares”, afirmou, sublinhando que os laços entre os dois países são “inquebráveis”.

O gabinete de Katz avançou ainda, em comunicado, que o ministro da Defesa israelita informou Hegseth sobre a situação das operações “antiterroristas” levadas a cabo pelo exército na Cisjordânia, sublinhando a importância das “zonas de segurança” no Líbano e na Síria, segundo o The Times of Israel.

Israel não respeitou os termos do cessar-fogo no Líbano, em vigor desde 27 de novembro, ao não se retirar totalmente do sul do país e ao manter cinco posições, ao mesmo tempo que entrou em território sírio e ocupou várias zonas após a queda do regime de Bashar al-Assad, em dezembro, numa ofensiva de jihadistas e rebeldes.

O gabinete do ministro da Defesa israelita garantiu que Katz agradeceu ao seu homólogo norte-americano o seu “apoio” nestas ações, ao mesmo tempo que o informou sobre a situação em Gaza, onde Israel bloqueou a entrada de ajuda humanitária depois de ter exigido o prolongamento da primeira fase do cessar-fogo, facto que não foi aceite pelo Hamas por não fazer parte do pacto alcançado em janeiro.

Osama Hamdan, um alto responsável do Hamas, acusou na segunda-feira o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de tentar reavivar a “agressão” contra a Faixa de Gaza e sublinhou que as autoridades israelitas “estão a trabalhar arduamente” para provocar o colapso do acordo de cessar-fogo, em vigor desde 19 de janeiro.

Últimas do Mundo

A Comissão Europeia pediu hoje aos Estados-membros da União Europeia (UE) que submetam, até março de 2026, planos nacionais para eliminação gradual das importações de gás russo, visando abandonar os combustíveis fósseis da Rússia até final de 2027.
Um grupo de 37 portugueses está retido na Jordânia devido ao encerramento do espaço aéreo após o início do conflito armado entre Israel e o Irão, na sexta-feira passada, e acusa as autoridades portugueses de falta de apoio.
O Irão bombardeou esta noite com mísseis várias cidades israelitas importantes, matando, pelo menos, cinco pessoas, segundo os serviços de emergência de Israel, em resposta aos ataques israelitas que atingiram território iraniano pela quarta noite consecutiva.
Um proeminente jornalista saudita, detido em 2018 e condenado por terrorismo e traição, foi executado na Arábia Saudita, informou hoje a autoridade deste país, enquanto grupos de ativistas afirmam que as acusações contra Turki Al-Jasser foram forjadas.
O projeto que visa o reforço da defesa da União Europeia (UE) através da inovação tecnológica associada a um sistema de mísseis vai contar com inteligência artificial (IA) desenvolvida pela empresa portuguesa Critical Software, revelou fonte empresarial.
O exército de Israel confirmou hoje ter atacado instalações nucleares iranianas em Isfahan, no centro do Irão, após a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) ter indicado no sábado à noite que quatro edifícios críticos sofreram danos.
O Papa Leão XIV apelou hoje à paz no Médio Oriente, na Ucrânia e noutros locais do mundo, e lembrou o recente massacre na Nigéria, onde morreram cerca de 200 pessoas, a maioria abrigada numa missão católica.
O primeiro-ministro de Israel afirmou hoje que o exército israelita vai atacar “todos os locais do regime” no Irão, acrescentando que os ataques desferiram um “golpe duro ao programa” nuclear da República Islâmica.
Os Presidentes russo, Vladimir Putin, e norte-americano, Donald Trump, debateram hoje, numa conversa telefónica de 50 minutos, a escalada da situação no Médio Oriente e as negociações de paz na Ucrânia, indicou o Kremlin.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou para um abrandamento do apoio europeu à Ucrânia face à invasão russa e manifestou receio de que o confronto entre Israel e o Irão conduza a uma nova redução da ajuda ocidental.