Em Portugal tem-se registado um aumento preocupante da violência nas escolas, nomeadamente com incidentes envolvendo armas brancas. No final de fevereiro, um aluno de 13 anos ameaçou colegas e professores com uma faca numa escola de Sintra. O caso ocorreu no Agrupamento de Escolas D. Carlos I, entre Sintra e Lourel. Apesar de não ter havido feridos, a situação gerou grande pânico na comunidade escolar.
O aluno em questão já tinha agredido uma professora anteriormente e estava a ser alvo de um processo disciplinar educativo, que poderia resultar na sua transferência para outra escola. A origem do incidente não foi esclarecida, mas a GNR informou que estavam a decorrer investigações para apurar os factos. Já no início de março, dois jovens, de 15 e 16 anos, tentaram invadir uma escola em Vila Nova de Gaia para “ajustar contas”.
Os suspeitos, que não eram alunos do estabelecimento, foram intercetados pela PSP, que atribuiu a tentativa de invasão a um conflito relacionado com o “relacionamento de uma aluna com um rapaz”. O incidente ocorreu na Escola Profissional do Infante e, segundo a PSP, o grupo invasor estaria na posse de um objeto semelhante a uma arma de fogo. De acordo com o comunicado da PSP enviado à imprensa, “esse objeto terá sido retirado por um dos jovens do outro grupo e, no meio da confusão, acabou por cair ao chão, sendo posteriormente recolhido por alguém com o intuito de evitar qualquer risco de utilização”.
Estas são apenas duas das situações mais recentes, contudo, uma notícia avançada pelo Correia da Manhã revelou que, no ano letivo de 2023/2024, o número de apreensões de armas brancas aumentou 11,4%.
Os agentes do Programa Escola Segura da PSP apreenderam um total de 39 armas nesse período. No ano letivo de 2022/2023, as patrulhas do programa haviam apreendido 34 armas nas escolas sob sua vigilância, o que representa um aumento significativo. Entre as apreensões deste ano, registaram-se cinco armas de fogo e 30 armas brancas, num total de 3.441 crimes ocorridos em estabelecimentos de ensino.
André Ventura tem sido um dos políticos que mais se tem pronunciado sobre a violência escolar, partilhando frequentemente vídeos de agressões em contexto escolar de forma a mostrar a realidade ao país. O Presidente do CHEGA tem afirmado que “a violência reina nas escolas devido à impunidade”, defendendo a necessidade de medidas imediatas para combater o problema. André Ventura tem expressado uma profunda preocupação relativamente à segurança e às políticas implementadas no sistema de ensino português.