Sindicato da PSP pede auditoria sobre serviços remunerados dos polícias

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) pediu à Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) uma auditoria aos serviços remunerados da Polícia de Segurança Pública por considerar que há uma pratica abusiva de escalonamento.

© Facebook aspppsp

Em comunicado, a ASPP/PSP indica que enviou na quarta-feira um ofício à IGAI a denunciar a “prática reiterada e abusiva” com que os comandantes utilizam o escalonamento de polícias para serviços remunerados, desrespeitando o que está legislado.

A associação justifica que este escalonamento tem impacto contraproducente na vida particular dos polícias.

Com a auditoria da IGAI, a ASPP/PSP espera “pôr fim, definitivamente, a estes despachos que de forma reiterada, leviana e descarada, violam normas estatutárias e a NEP [Norma Execução Permanente] que regula os serviços remunerados”.

A ASPP/PSP lembra na nota que há muito interpela a Direção Nacional da PSP sem que nada tenha sido feito.

De acordo com a Associação, continuam a “proliferar, de norte a sul do país, ‘Despachos de Exceção’ pouco ou nada fundamentados que determinam que, mesmo aqueles que não fazem parte da lista desses serviços, os tenham de realizar com o prejuízo das suas folgas, e implicando a alteração ou a supressão dos seus dias de descanso”.

No entendimento da ASPP/PSP, esta “conduta implica que, por via destes despachos, se comprometa o direito inalienável ao descanso e conciliação da vida profissional com a vida pessoal e familiar, que constitui um direito fundamental de todos os trabalhadores”.

Segundo um estudo divulgado em fevereiro, cerca de metade dos polícias inquiridos para um considera que a PSP não facilita a conciliação da vida profissional com a vida familiar e pessoal e a maioria trabalha num local diferente onde reside a família.

Estas são algumas das conclusões do estudo sobre o exercício dos direitos de maternidade e de paternidade na Polícia de Segurança Pública, desenvolvido pelo Centro de Estudos para a Intervenção Social (CESIS) em articulação com a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) e a Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens (CIMH/CGTP-IN).

O inquérito, realizado entre maio e julho do ano passado junto dos polícias associados da ASPP, avança que quase metade dos inquiridos – 45,4% dos homens e 50% das mulheres – respondeu “não” quando questionados sobre se a PSP facilita a conciliação da vida profissional com a vida familiar e pessoal.

Sobre os serviços remunerados, os chamados gratificados que os polícias prestam em diversas entidades fora do horário de trabalho, cerca de metade dos inquiridos afirmaram que realizam estes serviços, embora a proporção de mulheres que não realiza serviços remunerados seja superior à dos homens (63,3% e 49,7%, respetivamente), de acordo com as conclusões.

No entanto, 8,9% dos homens que realizam serviços remunerados fazem-no, em média, 15 vezes por mês, percentagem que sobe para 13,3% entre as mulheres.

Últimas do País

A PSP alertou hoje para os significados ocultos dos 'emojis' usados pelos jovens nas redes sociais, especialmente em conversas de teor sexual ou relacionadas com drogas, apelando aos pais e encarregados de educação atenção a esta realidade.
A Polícia Judiciária (PJ), em conjunto com outras autoridades portuguesas e espanholas, apreendeu um submarino com 6,5 toneladas de droga a cerca de 500 milhas dos Açores, com cinco pessoas a bordo.
Três pessoas morreram e 30 sofreram ferimentos graves em 2.518 acidentes registados pela PSP e Guarda Nacional Republicana (GNR) durante a campanha “Viajar sem pressa”, que decorreu entre os dias 18 e 24 de março.
A providência cautelar do primeiro-ministro contra os cartazes do CHEGA foi apresentada no dia 14 e a juíza recusou que a ação fosse decidida sem contraditório, como pretendia o autor, e notificou o partido no dia 20.
A estrutura que congrega os sindicatos e associações mais representativas das forças e serviços de segurança considerou hoje que o atual Governo não conseguiu dar resposta à falta de efetivos nas polícias e tornar a profissão mais atrativa.
O número de casos de tuberculose em menores de 15 anos aumentou 10% na região europeia em 2023, em comparação com o ano anterior, alertou hoje o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC).
Um sismo de magnitude 4,4 na escala de Richter foi hoje sentido com maior intensidade em Albufeira e Faro, sem causar danos pessoais ou materiais, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
A Polícia de Segurança Pública (PSP) alertou hoje para as burlas relacionadas com os investimentos em criptomoedas, que têm vindo a apresentar um crescimento significativo no universo da criminalidade.
O Conselho Regional das Comunidades Portuguesas na Europa considera que será possível o voto eletrónico à distância nas próximas eleições presidenciais, em 2026, defendendo a criação de um grupo de trabalho na Assembleia da República para desenvolver esta ferramenta.
Quase 80 mil urnas são colocadas na terra todos os anos sem que haja qualquer controlo oficial sobre os materiais usados, indicam profissionais do setor, que alertam para a contaminação de terras e águas.