Brasil lança operação contra tráfico de armas dos EUA para o Rio de Janeiro

As autoridades brasileiras realizaram hoje uma operação policial contra um grupo dedicado ao tráfico internacional de armas suspeito de enviar cerca de duas mil espingardas para o Comando Vermelho, a maior organização criminosa do Rio de Janeiro.

©D.R.

Num comunicado, a Polícia Federal brasileira explicou que a Operação Cash Courier cumpriu 14 mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e empresariais ligados aos membros do grupo criminoso, na Barra da Tijuca e no Recreio dos Bandeirantes, bairros da zona oeste do Rio de Janeiro.

Além das buscas, a Justiça brasileira determinou o sequestro e bloqueio de bens e ativos dos suspeitos no valor total de 50 milhões de reais (8,2 milhões de euros).

Um dos alvos da operação foi detido em flagrante por disparar contra agentes da polícia no momento em que estes anunciaram a entrada numa residência para dar início ao cumprimento de um mandado de busca e apreensão.

De acordo com as autoridades locais, a ação correspondeu ao desdobramento da Operação Senhor das Armas, realizada em 2017, na qual foram apreendidas 60 espingardas no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.

Na ocasião, a polícia identificou o responsável pelo carregamento, que cumpre pena de 12 anos de prisão nos Estados Unidos por tráfico internacional de armas, proferida por um tribunal da Florida.

Após investigações, a Polícia Federal informou que identificou um grupo criminoso responsável pelo envio de cerca de duas mil espingardas de Miami para o Rio de Janeiro e que o armamento terá sido distribuído ao Comando Vermelho.

Os agentes da polícia também identificaram o líder da referida organização criminosa, que usava pessoas e empresas para adquiri imóveis e bens, num esquema de branqueamento de capitais obtido por meio do tráfico internacional de armas.

Segundo a Polícia Federal, os investigados podem responder por tráfico internacional de armas, associação criminosa, branqueamento de capitais, evasão de divisas e corrupção.

Autoridades do Rio de Janeiro apreenderam 732 espingardas em 2024, mais 20% do que em 2023, um recorde desde que as estatísticas começaram a ser realizadas, em 2007, segundo a secretaria regional de Segurança Pública.

Em janeiro, 84 espingardas foram apreendidas, o maior número para um único mês em quase duas décadas.

Últimas do Mundo

As autoridades espanholas investigam a causa de cinco mortes no país na segunda-feira que podem estar relacionadas com o apagão na Península Ibérica, disseram hoje várias fontes oficiais.
O juiz do Tribunal Nacional espanhol José Luis Calama anunciou hoje ter iniciado uma investigação preliminar para apurar se o apagão de segunda-feira da rede elétrica espanhola pode ter sido um ciberataque às infraestruturas críticas espanholas.
A retoma da guerra em Gaza "desencadeou um novo inferno" no território palestiniano disse hoje o diretor-geral do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Pierre Krähenbühl.
O Ministério Público (MP) da província da Colúmbia Britânica, no oeste do Canadá, acusou de homicídio Adam Lo Kai-ji, o suspeito de um atropelamento que matou 11 pessoas num festival de rua em Vancouver.
A polícia do Canadá reviu hoje para 11 o número de mortos resultante de um atropelamento que ocorreu no sábado à noite num festival de rua em Vancouver.
A Alemanha e Israel alertaram hoje para o esquecimento, o revisionismo da história e a relativização do Holocausto no 80.º aniversário da libertação do campo de concentração nazi de Bergen-Belsen pelo exército britânico.
A Rússia lançou hoje um ataque de drones em várias regiões da Ucrânia, disseram as autoridades ucranianas, depois de o presidente dos EUA ter admitido duvidar que o líder russo quisesse terminar a guerra.
Seis meses após as inundações de 29 de outubro de 2024 no leste de Espanha, em que morreram mais de 220 pessoas, 103 dos 337 municípios afetados em Valência permanecem em estado de emergência, segundo as autoridades regionais.
Uma cientista política disse à Lusa que as eleições no Canadá, que decorrem na segunda-feira, representam um momento decisivo para o futuro político e económico do país.
Um homem dos serviços secretos especiais da Ucrânia foi detido por alegadamente ter matado o tenente-general russo Yaroslav Moskalik, alto comandante do Estado-Maior, revelaram hoje os serviços secretos russos.