Coreia do Norte envia mais 3.000 soldados para a Rússia

A Coreia do Norte enviou cerca de 3.000 militares para a Rússia, entre janeiro e fevereiro, para se juntarem às tropas que se confrontam com as ucranianas, disseram hoje militares sul-coreanos.

© D.R.

O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul afirmou que os norte-coreanos também têm enviado mais mísseis, equipamento de artilharia e munições para ajudar a Rússia na guerra na Ucrânia, sublinhando que Coreia do Norte poderá aumentar o seu apoio com o envio de armas, dependendo da situação da guerra.

A Rússia e a Ucrânia concordaram recentemente com um cessar-fogo limitado, embora ambos os lados se tenham acusado mutuamente de violações da trégua.

O equipamento militar que a Coreia do Norte enviou para a Rússia inclui uma “quantidade considerável” de mísseis balísticos de curto alcance, obuses autopropulsados de 170 milímetros e cerca de 220 unidades de lançadores múltiplos de foguetes de 240 milímetros.

A Coreia do Norte já tinha enviado aproximadamente 11.000 militares para combater na guerra contra a Ucrânia, no seu primeiro envolvimento num conflito de grande escala desde a Guerra da Coreia de 1950-53.

De acordo com o Estado-Maior Conjunto sul-coreano cerca de 4.000 militares norte-coreanos foram mortos ou ficaram feridos.

O Serviço Nacional de Informação da Coreia do Sul atribuiu anteriormente as altas baixas norte-coreanas a prováveis dificuldades das tropas em se adaptarem aos ‘drones’ e outros elementos da guerra moderna.

As tropas norte-coreanas são ainda mais prejudicadas pelas táticas dos seus comandantes russos, que as enviaram para campanhas de ataque sem prestar apoio de retaguarda, informou o serviço de informação sul-coreano aos legisladores em janeiro.

Os oficiais militares e dos serviços de informação ucranianos consideram que os norte-coreanos estão a ganhar uma experiência crucial no campo de batalha, enviando um grande número de soldados para os combates na região russa de Kursk.

O relatório militar sul-coreano surgiu depois de o líder norte-coreano, Kim Jong-un, ter expressado o seu apoio inabalável à guerra da Rússia na Ucrânia durante um encontro com o secretário do Conselho de Segurança russo, Sergei Shoigu, na semana passada, em Pyongyang.

A guerra na Ucrânia começou em 2014 com a anexação da península ucraniana da Crimeia pela Rússia e, em 2022, os militares russos voltaram a invadir o território russo.

Últimas do Mundo

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, apelou hoje à comunidade internacional para que se una para "eliminar de uma vez por todas as redes de tráfico humano", durante uma cimeira em Londres com 40 países representados.
Um acordo para acabar com os subsídios prejudiciais à pesca poderá ser alcançado ainda antes da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, agendada para junho em Nice, disse o enviado especial da ONU para os oceanos.
O ator norte-americano Richard Chamberlain, herói da série televisiva "Dr. Kildare", morreu no sábado no Havai, aos 90 anos, de acordo com o seu agente.
O papa Francisco disse hoje que acompanha “com preocupação” a situação no Sudão do Sul, e também lamentou que “a guerra continue a fazer vítimas inocentes” no Sudão, pedindo negociações para uma trégua.
O primeiro-ministro israelita viaja para a Hungria em 02 de abril, anunciou hoje o seu Gabinete, apesar do mandado de detenção do Tribunal Penal Internacional (TPI) por suspeitas de crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Gaza.
As autoridades militares ucranianas acusaram hoje a Rússia de cometer um novo crime de guerra ao atacar um hospital durante o seu último ataque aéreo à Ucrânia, nomeadamente em Kharkiv, que provocou dois mortos e 30 feridos.
Um sismo de magnitude 5,1 na escala de Richter abalou hoje Mandalay, no centro de Myanmar (ex-Birmânia), sendo uma réplica do terramoto de magnitude 7,7 que provocou mais de 1.600 mortos e 3.400 feridos.
A organização islamita palestiniana Hamas afirmou-se hoje disposta "a libertar um pequeno número de reféns", desde que Israel garanta um cessar-fogo durante o feriado de Eid al-Fitr, que marca o fim do Ramadão, segundo fonte ligada às negociações.
Pelo menos quatro pessoas foram hoje esfaqueadas durante um ataque na cidade norueguesa de Trondheim, anunciaram as autoridades locais.
A manifestação contra o Presidente da Turquia e a favor de seu provável rival nas próximas eleições, Ekrem Imamoglu, o prefeito de Istambul suspenso do cargo e preso domingo por acusações de corrupção, começou hoje com milhares de participantes.