Nesta semana, vemos mais um governo instável a cair devido a um escândalo de corrupção envolvendo empresas do agregado familiar do primeiro-ministro, Luís Montenegro. Com esta situação, assistimos à queda do segundo governo por uma moção de confiança na história de Portugal, sucedendo a Mário Soares em 1977. O que é certo é que Portugal entrou, uma vez mais, numa crise política causada por aqueles que se mantêm há 50 anos no leme da nação. No entanto, desde que o CHEGA entrou na Assembleia da República, nunca mais foram os mesmos, e parece que viajámos 100 anos atrás, aos velhos tempos da Primeira República. Mas será possível estabelecer uma relação de semelhança?
A resposta é imediata: SIM. Se, na Primeira República, vimos Portugal desgovernado por 45 governos em 16 anos, com uma média de duração de governação de apenas quatro meses, e com o país chamado sete vezes para eleições gerais, houve uma grande instabilidade política. Sendo essa sustentada por intrigas entre partidos e líderes, pelo não entendimento entre conservadores e liberais, pela grande fragmentação do Parlamento Português e pela recusa em formar coligações
O que é visível é que, mesmo depois de tantos anos, continuam a existir semelhanças. É facilmente percetível que o “não é não” de Montenegro sempre foi insustentável, pois ele sabia muito bem que tanto o CHEGA como o PS não iriam dizer “Amém” a todas as propostas do PSD. Além disso, a firmeza e a altivez do primeiro-ministro duraram pouco, e isso mostra que, sem uma direita unida, firme e sem corrupção, Portugal será arrastado para anos de crise política, económica e social, com danos irreversíveis para a nação portuguesa.
Tendo em vista os pontos analisados, não é difícil encontrar semelhanças entre o passado e o presente, comprovando-se a famosa tese: “A história repete-se”. Portugal está farto de viver no meio da corrupção e da instabilidade. Por isso, estas eleições são essenciais para a nação, podendo ser a libertação de 50 anos de atraso em Portugal. O CHEGA não é apenas mais um, mas sim a solução para tirar Portugal deste ciclo vicioso.