Número de presos e de agressões a guardas prisionais aumentou em 2024

As prisões tinham mais 165 reclusos no ano passado do que em 2023, um aumento de 2,4%, e subiu o número de casos de agressões a guardas prisionais, revela o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI).

© ASCCGP

De acordo com a versão preliminar do RASI de 2024, a que a Lusa teve acesso, estavam nas várias cadeias do país 12.360 presos, o que representa uma ligeira subida face ao ano de 2023, que registou 12.193 reclusos.

Mesmo com este aumento, aponta o RASI, não se verifica uma situação de sobrelotação prisional pelo sexto ano consecutivo, uma vez que a taxa de ocupação das prisões ficou pelos 96,8%.

Em relação às ocorrências relacionadas com agressões a guardas prisionais, os dados apontam para um aumento destes casos: foram agredidos 42 guardas prisionais, mais seis do que em 2023.

O relatório preliminar que é aprovado hoje na reunião do Conselho Superior de Segurança Interna faz, como é habitual, uma análise à nacionalidade dos reclusos, o que permite concluir que o número de estrangeiros nas cadeias aumentou 5,6% na última década. O ano de 2024 representa o segundo aumento consecutivo dos últimos 10 anos. Em termos percentuais, 82,6% dos reclusos eram portugueses e 17,4% eram estrangeiros – em 2023, a percentagem de presos estrangeiros foi de 16,7%.

A distribuição a nível de continentes continua semelhante à verificada nos anos anteriores: África representa 43,3%, com maior prevalência dos países africanos de língua oficial portuguesa, América do Sul com 34,3%, com destaque para o Brasil, e Europa com 16,8%, com destaque para Roménia e Espanha.

Dentro das prisões, foram ainda registadas 65 mortes e nove destas mortes foram por suícido, o que representa uma diminuição face aos números de 2023, ano em que foram registados mais cinco suicídios.

No Relatório Anual de Segurança Interna é ainda referido que fugiram das cadeias nove reclusos – incluindo os cinco presos do estabelecimento prisional de Vale de Judeus, a 7 de setembro de 2024 -, tendo sido capturados sete.

O relatório revela ainda que o Corpo da Guarda Prisional fez mais de 8.500 buscas dentro das prisões, que incluíram mais de 15.500 reclusos e que levaram à apreensão de droga, cujo volume aumentou 3,8%. No total, os guardas prisionais encontraram dentro das prisões mais haxixe, mas menos cocaína e heroína.

Últimas do País

A GNR identificou, em nove dias, mais de 560 condutores, e desses deteve mais de 320, por conduzirem com excesso de álcool, no âmbito da sua operação de Natal e Ano Novo, foi hoje divulgado.
O presépio da Associação Cultural e Recreativa Os Palheiros, em Ílhavo, no distrito de Aveiro, ficou sem iluminação durante a noite em consequência do furto das luzes e da respetiva extensão elétrica. Os dois furtos representam um prejuízo superior a 600 euros para a associação.
Duas pessoas foram realojadas no concelho de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, na sequência de danos no telhado de uma habitação, devido ao mau tempo, nos Açores, que já provocou 11 ocorrências, adiantou a Proteção Civil.
Os doentes classificados como urgentes no hospital Amadora-Sintra enfrentaram hoje tempos de espera de mais de 12 horas para a primeira observação nas urgências gerais, segundo dados do portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O tempo médio de espera nas urgências hospitalares é hoje de quase três horas para doentes urgentes e de 49 minutos para casos muito urgentes, de acordo com informação do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
A PSP registou, em 24 horas, 106 acidentes, dos quais resultaram dois feridos graves e 38 ligeiros, no âmbito da segunda fase da Operação Polícia Sempre Presente – Festas em Segurança, foi hoje divulgado.
A operação de Natal da PSP e GNR registou 15 vítimas mortais e 1.444 feridos, dos quais 89 em estado grave, na sequência de 4.847 acidentes de viação ocorridos entre 18 e 26 de dezembro.
Os distritos de Guarda e Castelo Branco vão estar sob aviso amarelo durante a noite devido à queda de neve, enquanto Faro tem o mesmo alerta para a tarde de hoje, mas devido à previsão de forte precipitação.
A Urgência Pediátrica do hospital de Évora está hoje a funcionar com equipa incompleta, o que pode provocar "tempos de espera mais elevados" para doentes sem referenciação, divulgou a Unidade Local de Saúde do Alentejo Central (ULSAC).
Cerca de 6.200 vítimas de violência doméstica têm atualmente teleassistência, conhecida como 'botão de pânico', indicou a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), que em 2026 assume a responsabilidade plena pelo sistema.