FNAM disponível para negociar com próximo Governo mas exige soluções verdadeiras

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) deixou hoje uma mensagem de disponibilidade para negociar com o próximo Governo, afirmando que o Serviço Nacional de Saúde não se governa com nomeações políticas e remendos, mas sim com soluções verdadeiras.

© Facebook/FNAM

Em declarações à agência Lusa à margem de uma reunião extraordinária do conselho nacional da FNAM, em Coimbra, a presidente desta organização acusou o atual Ministério da Saúde de ter em marcha “um desmantelamento do SNS e não uma reorganização”.

E deu o exemplo com o fecho de bloco de partos, por falta de médicos, que “vai obrigar as grávidas a fazer dezenas de quilómetros ou a ter os seus filhos nas ambulâncias, o que já tem acontecido”.

Para Joana Bordalo e Sá, as dificuldades não se sentem só ao nível da saúde materno infantil: “Continuamos com mais e mais utentes sem médico de família, listas de espera cirúrgicas a crescer, utentes reféns de linhas telefónicas, uma crise do INEM que ainda não tem esclarecida quais os responsáveis, demissões de administrações de unidades de saúde”.

Além de criticar a liderança de Ana Paula Martins, a presidente da FNAM elegeu como prioridade o desenvolvimento de estratégias para fixar médicos, porque “este Ministério da Saúde não conseguiu nenhum acordo capaz de fixar médicos”.

Isso consegue-se, na ótica de Joana Bordalo e Sá, com “carreiras valorizadas, condições de trabalho dignas e salários justos para os médicos quererem ficar no SNS”.

Ao próximo Governo deixou uma mensagem: “A FNAM tem as soluções, independentemente de quem venha a ganhar as eleições. Queremos sobretudo negociar”.

“O SNS não se governa com nomeações políticas e remendos. Não podemos continuar a tapar buracos onde já não há chão”, disse.

Últimas do País

Vários portugueses a viver em Berlim, na Alemanha, queixaram-se hoje de não ter recebido o boletim de voto que lhes permitia votar nas eleições legislativas com a Embaixada a apontar "mais casos semelhantes".
Cerca de 48,28% dos eleitores inscritos nas eleições legislativas de hoje votaram até às 16:00, segundo dados divulgados pelo Ministério da Administração Interna (MAI) no site que permite acompanhar a afluência às urnas.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) alertou hoje que "os votos para serem considerados válidos só podem conter a cruz no quadrado a seguir ao símbolo da candidatura em que o eleitor pretende votar".
As mesas de voto para as eleições legislativas antecipadas abriram hoje às 08:00 em Portugal Continental e na Madeira, encerrando às 19:00.
O advogado moçambicano Elvino Dias, assassinado em Moçambique em 2024, quando era representante do candidato às eleições naquele país Venâncio Mondlane, é o vencedor deste ano do Prémio Nelson Mandela da ProPública, anunciou à Lusa o presidente desta associação.
A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) convocou uma concentração frente à residência oficial do primeiro-ministro para junho que apenas será desconvocada se até final deste mês for publicado o despacho com a lista de pré-aposentações deste ano.
O Tribunal Constitucional (TC) rejeitou apreciar o recurso de Ricardo Salgado, que pretendia ver declarada a inconstitucionalidade de ter sido condenado a uma pena de prisão efetiva de oito anos face ao diagnóstico de doença de Alzheimer.
Pelo menos três pessoas foram detidas na sequência de um incidente que ocorreu hoje na Bobadela, no concelho de Loures, e que envolveu o disparo de tiros de arma de fogo, disse à Lusa fonte policial.
O Tribunal Judicial de Ponta Delgada, nos Açores, condenou um homem a 25 anos de prisão por 880 crimes de abuso sexual de criança agravado, sendo o arguido "pai da vítima", revelou hoje o Ministério Público.
A adesão à greve dos trabalhadores da administração pública, afetos ao sindicato independente que a convocou, ronda os 90% e 100% em alguns locais, principalmente em escolas e hospitais, estimou hoje à agência Lusa uma fonte sindical.