Renegociações de crédito à habitação caem 48% em abril para 382 milhões

As renegociações de crédito à habitação caíram em abril para 382 milhões de euros, num recuo de 47,8% em termos homólogos, segundo dados hoje publicados pelo Banco de Portugal (BdP).

© D.R.

De acordo com os dados do regulador bancário, em abril deste ano foram renegociados contratos de crédito à habitação no valor de 382 milhões de euros, menos 81 milhões de euros que em março e menos 350 milhões de euros no mesmo mês do ano passado.

As renegociações no crédito à habitação foram, aliás, um dos principais fatores para a redução no valor global das renegociações, que caíram 46,7% em termos homólogos, para 418 milhões de euros. Em cadeia, a descida foi de 88 milhões de euros.

No total, as novas operações de empréstimo — que incluem créditos totalmente novos e contratos renegociados — ascenderam a 2.950 milhões de euros, mais 1,2% que há um ano, mas menos 349 milhões de euros que em março.

Deste montante, 2.532 milhões de euros disseram respeito a novos contratos, representando um aumento de 18,8% em termos homólogos, mas uma descida em cadeia de 261 milhões de euros.

Apenas no crédito à habitação, entre novos contratos e renegociações, o valor contratado foi de 1.775 milhões de euros, mais 32,8% face ao mesmo mês de 2024, mas uma descida de 195 milhões de euros quando comparado com março.

Em abril, mais de metade (58%) dos novos contratos para a compra de casa foi feita por jovens com idade igual ou inferior a 35 anos, mais um ponto percentual que em março.

Nos empréstimos ao consumo, a taxa média das novas operações ao consumo passou de 8,94% em março para 9,04% em abril, enquanto nos empréstimos para outros fins, a taxa de juro média recuou 0,14 p.p., para 3,83%.

No caso das empresas, as novas operações de empréstimos somaram 1.964 milhões de euros, menos 404 milhões de euros que em março e mais 31% que há um ano.

“Os novos contratos decresceram 310 milhões de euros, para 1.813 milhões de euros, enquanto os contratos renegociados diminuíram 94 milhões de euros, para 151 milhões de euros”, explica o BdP.

Para as empresas, a taxa de juro média das novas operações de empréstimos desceu 0,04 p.p. comparando com março, para 4,02%, contra 5,62% um ano antes.

Últimas de Economia

Os viticultores do Alentejo registam uma quebra média de 30% da produção de uva, em alguns casos até de 40%, na época de vindimas deste ano, face a 2024, revelou hoje a associação técnica do setor.
A circulação nas quatro linhas do Metropolitano de Lisboa teve já início hoje de manhã, depois de o serviço não ter arrancado à hora habitual, às 06:30, devido à greve parcial de trabalhadores.
As exportações de bens recuaram 11,3% e as importações aumentaram 2,8% em julho, em termos homólogos, acumulando uma subida de 0,7% e 6,3% desde o início do ano, divulgou hoje o INE.
Os professores portugueses têm salários mais elevados do que a média dos trabalhadores com formação superior, mas perderam poder de compra na última década, segundo um relatório da OCDE divulgado hoje.
A circulação do metro de Lisboa está hoje de manhã suspensa e as estações estão encerradas devido à greve dos trabalhadores, prevendo-se a reabertura às 10:30, segundo a página da empresa na Internet.
O Tribunal de Contas Europeu (TCE) apelou hoje a um orçamento da União Europeia (UE) "mais simples e mais inteligente" por atualmente ser difícil mobilizar verbas para circunstâncias imprevistas e emergências, como desastres ou guerra.
Os custos de construção de habitação nova aumentaram 4,8% em julho, em termos homólogos, 0,9 pontos percentuais acima de junho, tendo a mão-de-obra subido 8,9% e os materiais 1,5%, divulgou hoje o INE.
A indústria do calçado nacional antecipa que este será um ano de consolidação nos mercados internacionais, apesar da instabilidade, com o setor a exportar 90% da sua produção.
O Banco de Portugal (BdP) desconhece quanto é que os bancos venderam em empréstimos à habitação desde 2017, em operações de cessão de crédito, a entidades exteriores não supervisionadas pelo banco central.
O índice mundial de preços dos alimentos registou em agosto um aumento de 6,9% face ao mesmo mês do 2024, informou hoje a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).