O CHEGA, com a crescente implantação no território nacional e a possibilidade real de conquistar Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia nas próximas eleições autárquicas, encontra-se numa posição privilegiada para impulsionar uma verdadeira agenda de desenvolvimento para o Interior de Portugal. Durante décadas, este território foi votado ao abandono por políticas centralistas, incoerentes e desajustadas às suas especificidades. É chegada a hora de inverter essa tendência, promovendo uma abordagem centrada nas pessoas, nos recursos locais e numa visão de futuro que recupere o orgulho de viver, investir e envelhecer com qualidade nas regiões do Interior.
No plano económico e territorial, o CHEGA pode implementar medidas que reforcem a coesão territorial e incentivem o regresso de pessoas e empresas ao Interior. A criação de incentivos fiscais específicos, como a redução do IRC para pequenas e médias empresas que se fixem fora dos grandes centros urbanos, pode atrair investimento e gerar emprego. A isenção ou redução de IMI e IMT para jovens famílias ou projetos de empreendedorismo rural pode ser o motor da fixação de nova população. Paralelamente, urge reabilitar infraestruturas públicas degradadas, como escolas, centros de saúde e estradas municipais, e reforçar a mobilidade com sistemas de transporte flexíveis, eficientes e adaptados à baixa densidade populacional.
No que diz respeito ao turismo, o Interior de Portugal tem um enorme potencial por explorar. Com um património natural, histórico e humano de enorme riqueza, há espaço para desenvolver um turismo de experiência, sustentável, premium e identitário. O CHEGA pode apoiar a criação de rotas temáticas que promovam os produtos endógenos e a cultura local — como o vinho, o azeite, os queijos artesanais, os caminhos templários ou o artesanato tradicional. O alojamento rural deve ser apoiado através de incentivos à reabilitação de casas senhoriais, lagares, adegas e outras estruturas agrícolas transformadas em unidades de charme. O objetivo é criar uma rede de hospitalidade autêntica, onde o turista não seja apenas um visitante, mas um participante ativo na vivência rural.
No campo do Agroturismo, o CHEGA deve propor programas de cofinanciamento para proprietários agrícolas que queiram abrir as suas quintas à visitação e estadia. Atividades como vindimas com turistas, colheitas sazonais, caminhadas interpretativas da flora e fauna local, ou oficinas de produção de pão, azeite e enchidos, podem não só gerar rendimento como também valorizar o conhecimento tradicional. Criar uma marca regional certificada para experiências agro rurais é também essencial para garantir a qualidade e a identidade da oferta.
Um dos grandes nichos com potencial de crescimento é o turismo sénior e o golfe no Interior, com especial enfoque no Alentejo. O envelhecimento da população europeia e a procura crescente por destinos tranquilos, seguros e com clima ameno representam uma oportunidade estratégica para atrair seniores para estadias prolongadas. O CHEGA pode propor políticas de promoção conjunta com operadores turísticos internacionais para a criação de aldeamentos e residências sénior com serviços incluídos, como limpeza, saúde, animação cultural e transporte. O Alentejo interior, com terrenos disponíveis e grande beleza natural, é também ideal para a construção ou recuperação de campos de golfe integrados com unidades de alojamento e spa rural, valorizando a ligação entre desporto, natureza e envelhecimento ativo.
Outras áreas de ação incluem a valorização da agricultura e da floresta, com simplificação dos apoios do PDR2030 e futuros fundos da PAC, o incentivo à propriedade florestal privada com criação de sistemas cooperativos e geração de rendimento com biomassa, a reabertura de escolas primárias com ensino personalizado e a fixação de professores e médicos através de majoração salarial e habitação subsidiada. Importa ainda reforçar a segurança rural com patrulhamento de proximidade e vigilância territorial, bem como criar programas de voluntariado jovem para apoio a idosos e desenvolvimento de projetos comunitários.
No caso da Junta de Freguesia de Paialvo, a minha candidatura pelo CHEGA representa a oportunidade de aplicar estas ideias no terreno com conhecimento, rede de contactos e visão. A minha experiência internacional em Madrid e Londres, o trabalho na área do relocation e a ligação ao setor do turismo rural e imobiliário, conferem-me uma perspetiva prática e global que pode ser posta ao serviço da comunidade. Pretendo dinamizar o turismo em Paialvo, promovendo alojamento local, experiências agrícolas, visitas culturais e iniciativas para atrair seniores e nómadas digitais. Quero também devolver o orgulho à população local, combatendo o abandono institucional e garantindo uma gestão rigorosa, transparente e próxima. Paialvo tem potencial para ser um exemplo nacional de como o Interior pode renascer com liderança, autenticidade e coragem. Estou pronto para servir, com dedicação e sentido de missão.