Crimes contra idosos subiram 8,5% em quatro anos com mais de 6.500 vítimas

Mais de 6.500 idosos, a maioria mulheres, foram apoiados nos últimos quatro anos pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), que registou neste período um aumento de 8,5% nos crimes contra esta população, revelam dados hoje divulgados.

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Em média, a APAV apoiou 136 idosos por mês — cerca de cinco por dia — totalizando 6.523 em quatro anos, segundo os dados divulgados por ocasião do Dia Internacional de Sensibilização para a Prevenção da Violência Contra as Pessoas Idosas, assinalado em 15 de junho.

Especificando por anos, os dados indicam que, em 2021, 1.594 idosos foram vítimas de crime e violência, número que desceu para 1.528 no ano seguinte. Em 2023, aumentou para 1.671 e, em 2024, para 1.730.

Na publicação “Estatísticas APAV | Pessoas idosas vítimas de crime e violência 2021-2024”, a associação salienta que a violência pode assumir diferentes formas: psicológica, física, sexual, financeira, negligência ou abandono.

“Passa, também, por comportamentos muitas vezes não considerados violentos, mas que retiram às pessoas idosas poder de decisão, autonomia, liberdade e dignidade”, refere a APAV.

Para a associação, esses atos constituem “violações de direitos humanos”, “abrem caminho para formas mais graves de violência e podem, até, constituir ou levar à prática de crimes”.

Entre os idosos vítimas de crime, 9.462 sofreram violência doméstica (78,2%), 468 foram alvo de ameaça ou coação (3,9%), 388 de difamação ou injúria (3,2%), 386 de ofensas à integridade física (3,2%), 227 de burla (1,9%) e 1.175 foram vítimas de outros crimes e formas de violência (9,6%).

Traçando o perfil da vítima, a APAV diz que a maioria são mulheres (76,5%), tem entre 65 e 74 anos (49,4%), tem de nacionalidade portuguesa (92,7%) e reside no distrito de Lisboa (21,6%).

Quanto ao perfil da pessoa agressora, a maioria são homens, tem entre 18 e 64 anos (30,1%) e é filho/a da vítima (31,4%).

Neste período, as situações de vitimação apresentadas à APAV foram, na sua maioria, de caráter continuado (52,7%).

As situações com duração entre dois e seis anos representaram 23,6% e as de violência na residência comum 51,2% dos casos.

De acordo com as estatísticas, 48% das vítimas não apresentaram queixa.

A APAV presta apoio gratuito, confidencial e especializado a vítimas de todos os crimes e disponibiliza a Linha de Apoio à Vítima, 116 006, que funciona de segunda a sexta-feira, entre as 08:00 e as 23:00, e o apoio está também disponível através do e-mail lav@apav.pt.

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