AD: CORAGEM OU RECUO?

O Governo da AD enfrenta um momento crucial, questionando-se sobre a sua coragem ou recuo. No dia em que é lançada esta edição da “Folha Nacional”, o Parlamento tem agendado o debate da Proposta de Lei n.° 1/XVII/1.ª, que propõe alterações à Lei da Nacionalidade.

Esta iniciativa, conforme amplamente reconhecido, copia significativamente princípios do CHEGA, num esforço para tentar conter o seu crescimento, numa esperança vã de que a cópia se sobreponha ao original. Contudo, antevê-se que o PS tente negociar para “aligeirar” a proposta, o que, na prática, se traduziria numa alteração meramente superficial, mantendo a essência d a prática actual.

Surge, assim, a interrogação sobre se, no final, o Governo e os partidos que o sustentam, optarão por alinhar com o que é considerado correto, seguindo a abordagem do CHEGA, ou se irão ceder à sua inclinação de discursar à direita e governar à esquerda.

Para breve, está igualmente prevista a discussão sobre o tão falado reagrupamento familiar, um tema onde se prevê um desenrolar idêntico. Apesar da aparente reviravolta, facto é que Luís Montenegro tem demonstrado uma postura desapontante no seu mandato como Primeiro-Ministro, evidenciando um receio constante do Partido Socialista e dos seus congéneres de extrema-esquerda, mas também, em certa medida, a sua convicção pessoal.

O “wokismo”, • “politicamente correto” e os “tiques” de esquerda parecem intrínsecos à sua conduta!
Um exemplo disso é a repetição sistemática, e m cada discurso, da expressão “portugueses e portuguesas”, uma calinada gramatical calculada para agradar às esquerdas.

Contudo, em todo este cenário, existe uma leitura que deveria ser primordial, mas que geralmente acaba por ser secundária: numa era em que as minorias ditam as regras e as maiorias as acatam, é imperativo “virar o jogo” e questionar os portugueses sobre as suas verdadeiras aspirações. Isto porque, na realidade, estas são decisões que irão impactar a vida dos portugueses por inúmeras gerações, exigindo, por isso, uma tomada de decisão com absoluta consciência.

A nacionalidade não pode ser mercantilizada como um serviço ou bem, e a vida no país não pode ser comprometida por excessos, abusos, ilegalidades ou mesmo “percepções”. Estaremos atentos!

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