“Acreditamos numa solução negociada que defenda a soberania ucraniana e garanta a sua segurança a longo prazo, levando a uma paz duradoura”, afirmou o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, numa mensagem divulgada pelo Departamento de Estado.
O presidente norte-americano, Donald Trump, pretende organizar uma cimeira entre Zelensky e o homólogo russo, Vladimir Putin, mas tem manifestado nos últimos dias impaciência sobre as posições Moscovo em relação a uma solução para a guerra.
Trump, que prometeu durante a campanha eleitoral acabar com a guerra na Ucrânia em 24 horas, já se reuniu com Putin no Alasca, em 15 de agosto, e com Zelensky e líderes europeus, três dias depois.
Uma das questões fulcrais é o das garantias de segurança para a Ucrânia, depois de o Memorando de Budapeste, de 1994, não ter impedido a Rússia de anexar a Península da Crimeia em 2014 e invadir o país vizinho em janeiro de 2022.
No memorando, Rússia, Estados Unidos e Reino Unido deram garantias de segurança à Ucrânia, à Bielorrússia e ao Cazaquistão em troca do arsenal nuclear soviético estacionado no seu território e da adesão ao Tratado de Não-Proliferação.
Kiev tem recebido armamento ocidental desde a invasão russa, incluindo dos Estados Unidos, mas o jornal The Wall Street Journal revelou que Washington bloqueou o uso de mísseis de longo alcance para ataques dentro da Rússia.
Citando fontes do Pentágono (sede da Defesa), o jornal norte-americano noticiou no sábado que a limitação tem sido imposta desde a primavera, “limitando Kiev de usar uma arma poderosa na luta contra a invasão de Moscovo”.
“O veto […] aos ataques de longo alcance restringiu as operações militares da Ucrânia, uma vez que a Casa Branca tem procurado persuadir o Kremlin a iniciar negociações de paz”, acrescentou o jornal, referindo-se às presidências norte-americana e russa.
Na mensagem sobre o dia da independência, Marco Rubio afirmou que “os Estados Unidos estão comprometidos com o futuro da Ucrânia como nação independente”.
“Enquanto prestam homenagem à história da vossa nação, os Estados Unidos esperam continuar a construir a nossa parceria económica e de segurança para um futuro pacífico e próspero para ambas as nações”, acrescentou Rubio.
O primeiro-ministro canadiano, Mark Carney, vai participar nas comemorações do 34.º aniversário da independência da Ucrânia.
“Neste momento crítico da história desta nação, o Canadá reforça o apoio e os esforços em prol de uma paz justa e duradoura para a Ucrânia”, disse Carney ao chegar a Kiev.
Zelensky anunciou nas redes sociais ter recebido mensagens de vários dirigentes, incluindo dos chefes de Estado da China, Estados Unidos, Turquia, Reino Unido e Vaticano.