Em Sidney, a televisão pública ABC estimou a presença de cerca de 8.000 participantes, que se concentraram no centro da cidade para exigir medidas concretas por parte do governo. Já em Adelaide, as autoridades contabilizaram aproximadamente 15.000 pessoas, tornando-se um dos maiores protestos recentes da região. A mobilização em Melbourne também atraiu uma multidão expressiva, refletindo o alcance nacional da iniciativa.
Durante os atos, os oradores reforçaram a necessidade urgente de proteger a coesão social e de defender os interesses dos cidadãos australianos diante do que classificam como uma “política migratória insustentável”. Segundo os organizadores, a entrada descontrolada de imigrantes tem colocado sob pressão sectores fundamentais da vida no país, como a habitação, já marcada por preços elevados e falta de oferta; os transportes públicos, frequentemente sobrecarregados; e o mercado de trabalho, onde os salários sofrem estagnação e a concorrência aumenta. Outro ponto amplamente destacado foi a preocupação com o sistema de saúde, que enfrenta longas filas de espera, e com a segurança pública, uma vez que o aumento da população imigrante é visto como factor de tensão nas comunidades locais.
Em comunicado oficial, os organizadores da Marcha pela Austrália sublinharam que a manifestação teve carácter pacífico e democrático, servindo como um recado claro ao governo de que os australianos estão dispostos a fazer ouvir a sua voz. A elevada participação em várias cidades mostra que a preocupação com a imigração não é isolada, mas sim partilhada por um número crescente de cidadãos de diferentes origens e idades. Segundo os organizadores, foi um marco histórico e um sinal claro de unidade nacional em torno de uma causa considerada vital para o futuro do país.
Também em Portugal, a imigração descontrolada tem sido motivo de crescente preocupação, com impactos visíveis no acesso à habitação, à saúde e no equilíbrio do mercado laboral. Neste contexto, o partido CHEGA anunciou a realização de uma manifestação no próximo dia 6 de setembro, às 15h, em Lisboa, apelando à mobilização dos cidadãos em defesa de uma política migratória mais responsável e equilibrada. A iniciativa visa, segundo o partido, “dar voz aos portugueses que sentem que o país está a perder o controlo das suas fronteiras e a capacidade de integração”.