Chega propõe maiores penas para incendiários e equiparação a terroristas

O CHEGA propõe aumentar as penas para quem for condenado por atear fogos florestais, prevendo a possibilidade de aplicação da pena máxima prevista no sistema português e a sua equiparação a terrorista.

© Folha Nacional

Num projeto de lei que deu hoje entrada na Assembleia da República, o CHEGA propõe aumentar a pena mínima de prisão para quem provoque incêndios florestais de um para seis anos, e a máxima de oito para 12 anos.

“Quem praticar crime doloso de incêndio florestal a que devesse aplicar-se concretamente prisão efetiva e tiver cometido anteriormente crime doloso de incêndio florestal, é punido com pena de prisão de 12 a 25 anos, sempre que a avaliação conjunta dos factos praticados e da personalidade do agente revelar uma acentuada inclinação para a prática deste crime, que persista no momento da condenação”, lê-se no documento.

De acordo com o projeto de lei divulgado hoje, o CHEGA propõe que quem seja condenado pelo crime de incêndio florestal seja obrigado a ressarcir as vítimas “por todos os danos” provocados.

O partido liderado por André Ventura quer que a liberdade condicional só seja possível com a determinação de prisão domiciliária nos meses de maior risco de ocorrência de incêndios “e nos casos de menor gravidade”. O mesmo se aplica à suspensão do internamento para os casos em que um incendiário seja considerado inimputável.

Esta é uma das propostas anunciadas pelo líder do CHEGA na semana passada na sequência dos incêndios que têm afetado o país este verão.

Na exposição de motivos do projeto de lei, o CHEGA salienta as consequências do fogo, “seja pelo risco que causa à vida, seja pela massiva destruição de ecossistemas, prejuízos patrimoniais, custos ao Estado, bem como, ainda mais grave, a existência de perda de vidas”.

“O cenário deste ano é desolador, seja em função da extensão de área ardida, como das vidas que se perderam e das pessoas que ficaram sem as suas habitações, negócios, animais, etc”, acrescenta, considerando que o problema se coloca todos os anos e destacando “a importância das penas na prevenção deste tipo de atos criminosos”.

Os deputados do CHEGA apontam que existe um “sentimento de impunidade” e que a “reincidência neste tipo de crime é muito elevada”, e advogam que “aumentando-se a pena de prisão, menos reincidências existirão”.

“Além de punir na medida da gravidade do ato”, é necessário “inibir a prática de novos crimes, não só pelo próprio, como pela comunidade no geral, bem como transmitir confiança do Estado no cumprimento do Direito”, defendem também.

“Devemos, por isso, transmitir a mensagem clara e simples de que quem perturba gravemente a comunidade, prejudicando vidas, bens e poupanças alheias, bem como o sentimento comunitário de segurança, é severamente punido”, indicam, sustentando que a atual moldura penal é “desajustada face aos danos provocados”.

Últimas de Política Nacional

O líder do CHEGA afirmou hoje que Gouveia e Melo protagoniza cada vez mais as causas do PS, sobretudo por ter Mário Soares como modelo presidencial, e apostou que o ex-primeiro-ministro António Costa vai votar no almirante.
O CHEGA obteve em Lisboa 26.755 votos, mais três do que a CDU, confirmando a distribuição de mandatos de dois vereados para o CHEGA e um para a coligação, segundo a assembleia de apuramento geral.
O presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que a Europa e o mundo "orientam-se para a direita" e defendeu que os partidos da sua família política são os "baluartes da defesa da liberdade".
O projeto de lei do CHEGA que pretende proibir a ocultação do rosto em espaços públicos foi aprovado hoje no Parlamento.
O deputado Rui Cristina foi eleito, no último domingo, Presidente da Câmara Municipal de Albufeira pelo CHEGA. A sua eleição marca uma mudança importante na política local que era dominada, há décadas, por outras forças políticas. Rui Cristina renunciará ao mandato de deputado e tomará posse como presidente da câmara nas próximas semanas, assumindo o compromisso de uma gestão próxima da população, com foco na segurança, no turismo e na valorização da identidade local.
André Ventura assume candidatura presidencial como missão e critica imigração descontrolada e sobrecarga no SNS, defendendo que só o CHEGA pode "pôr ordem no país".
Os deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as responsabilidades políticas e de gestão do INEM decidiram hoje ouvir dois familiares das vítimas mortais associadas a atrasos no atendimento durante a greve do ano passado.
O presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que o Presidente da República quer atrasar a entrada em vigor da Lei de Estrangeiros por não concordar com as alterações a esta legislação.
O presidente do CHEGA, André Ventura, acusou hoje o PS de ser um “partido vendido”, depois de os socialistas anunciarem que irão abster-se na votação da proposta de Orçamento do Estado para 2026 e assim permitir a sua aprovação.
O Governo desconhece, não utiliza e não sabe onde está a aplicação 'Tagline' — uma plataforma de comunicação interna financiada com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que custou 1,6 milhões de euros.