Famílias pagam mais 17 euros pelo cabaz alimentar: Ovos quase duplicam de preço

O preço do cabaz alimentar essencial, composto por 63 produtos, subiu cerca de 17 euros no último ano, atingindo agora um valor médio de 271 euros, de acordo com dados da DECO Proteste, citados pela SIC Notícias. A variação corresponde a um aumento de aproximadamente 2% face a agosto de 2024.

© D.R.

Entre os bens que mais encareceram destaca-se a caixa de meia dúzia de ovos, que passou de 1,47 euros para 2,06 euros, um acréscimo de 41% em apenas doze meses. Também produtos hortícolas como a alface e os brócolos registaram aumentos expressivos, agravando ainda mais o peso da alimentação no orçamento das famílias portuguesas.

Outros produtos que registaram subidas, segundo o Correio da Manhã (CM), foram a carne de novilho, de 8,73 para 11,18 euros, o peixe-espada-preto, de 8,06 para 9,82 euros, e o café torrado moído, de 3,62 para 4,38 euros.

De acordo com o CM, desde 1 de janeiro, o produto com maior percentagem de aumento foi o brócolo, que subiu 48%: custava 1,49 euros e passou para 4,13 euros. Os ovos, com uma subida de 28%, são o segundo produto com maior variação de preço, seguidos pelas laranjas (24%). A maçã Gala (18%) e a maçã Golden (16%) completam o top 5 dos alimentos que mais encareceram desde o início do ano.

A DECO Proteste acompanha semanalmente a evolução dos preços do cabaz alimentar desde 2017, monitorizando diferentes categorias, como carne, peixe, legumes, frutas, laticínios e bens de mercearia. Os resultados agora divulgados reforçam a tendência de subida dos bens essenciais, colocando em evidência a vulnerabilidade das famílias perante flutuações de preços em produtos de consumo diário.

Para a associação de defesa do consumidor, a situação exige maior transparência e medidas que garantam estabilidade no setor alimentar, num contexto em que qualquer variação tem impacto imediato no bolso dos portugueses.

Últimas de Economia

Os consumidores em Portugal contrataram em outubro 855 milhões de euros em crédito ao consumo, numa subida homóloga acumulada de 11,3%, enquanto o número de novos contratos subiu 4%, para 157.367, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
O Governo reduziu o desconto em vigor no Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), aplicável à gasolina sem chumbo e ao gasóleo rodoviário, anulando parte da descida do preço dos combustíveis prevista para a próxima semana.
Os pagamentos em atraso das entidades públicas situaram-se em 870,5 milhões de euros até outubro, com um aumento de 145,4 milhões de euros face ao mesmo período do ano anterior, segundo a síntese de execução orçamental.
O alojamento turístico teve proveitos de 691,2 milhões de euros em outubro, uma subida homóloga de 7,3%, com as dormidas de não residentes de novo a subir após dois meses em queda, avançou hoje o INE.
A taxa de inflação homóloga abrandou para 2,2% em novembro, 0,1 pontos percentuais abaixo da variação de outubro, segundo a estimativa provisória divulgada hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O ‘stock’ de empréstimos para habitação acelerou em outubro pelo 22.º mês consecutivo, com um aumento homólogo de 9,4% para 109.100 milhões de euros, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
A proposta de lei de Orçamento do Estado para 2026 foi hoje aprovada em votação final global com votos a favor dos dois partidos que apoiam o Governo, PSD e CDS-PP, e com a abstenção do PS. Os restantes partidos (CHEGA, IL, Livre, PCP, BE, PAN e JPP) votaram contra.
O corte das pensões por via do fator de sustentabilidade, aplicado a algumas reformas antecipadas, deverá ser de 17,63% em 2026, aumentando face aos 16,9% deste ano, segundo cálculos da Lusa com base em dados do INE.
O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em novembro, após dois meses de subidas, enquanto o indicador de clima económico aumentou, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os gastos do Estado com pensões atingem atualmente 13% do PIB em Portugal, a par de países como a Áustria (14,8%), França (13,8%) e Finlândia (13,7%), indica um relatório da OCDE hoje divulgado.