O concurso, aberto a 28 de abril, previa um contrato de três anos para assegurar a manutenção do histórico ascensor, com um valor-base de 1,9 milhões de euros, sem IVA. No entanto, a 14 de agosto, a Carris decidiu anular o procedimento, uma vez que nenhuma das propostas recebidas se enquadrava no montante definido.
“Esta oportunidade foi cancelada em 14/08/2025, pelas 17h05, sendo a data oficial do cancelamento 01/09/2025, às 17h16, devido ao seguinte motivo: Tendo em consideração que as propostas apresentadas pelos concorrentes são superiores ao preço-base, foi aprovada a decisão de não adjudicar o Processo n.º 046/2025, bem como revogada a decisão de contratar, nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 79.º do CCP”, refere a comunicação consultada pelo ECO.
O elevador, que descarrilou na quarta-feira provocando 15 mortos e 23 feridos, estava, assim, sem manutenção diária desde o final de agosto, nomeadamente sem a verificação dos cabos de tração.
O Ministério Público abriu um inquérito para apurar as causas do acidente.