Esta composição consta de um projeto consensualizado pelos partidos em conferência de líderes, a que a agência Lusa teve acesso, que ainda carece de deliberação do presidente da Assembleia da República.
De acordo com esse projeto, a comissão de inquérito será constituída por 24 deputados: oito do PSD, cinco do CHEGA e outros cinco do PS, dois da IL e dois do Livre, um do PCP e outro do CDS-PP.
A presidência da comissão caberá a um deputado do CHEGA, assumindo PSD a primeira vice-presidência e o PS a segunda.
Esta vai ser a terceira vez que um deputado do CHEGA vai presidir a uma comissão parlamentar de inquérito, depois de Rui Paulo Sousa o ter feito no inquérito ao caso das gémeas, que vigorou entre maio de 2024 e junho de 2025.
O CHEGA tinha também ficado com a presidência da comissão de inquérito à gestão política da EFACEC, na última legislatura, cujos trabalhos, no entanto, praticamente não avançaram devido à queda do Governo e sucessiva dissolução da Assembleia da República.
De acordo com o texto aprovado em julho, a comissão de inquérito ao INEM tem como objetivo “apurar as responsabilidades políticas, técnicas, contratuais, legais e financeiras, relativas à atual situação” do instituto.
A comissão de inquérito quer também “avaliar a relação das diferentes tutelas políticas com o INEM e clarificar a intervenção” de todos os governos desde 2019 na “sua respetiva gestão política e financeira”.