“A violação do espaço aéreo da Estónia por aeronaves militares russas é uma provocação extremamente perigosa”, alertou a Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas, nas redes sociais.
O incidente, que ocorreu no país da representante da diplomacia da UE e ex-primeira-ministra da Estónia, “aumenta ainda mais as tensões na região”, referiu na mesma mensagem publicada nas redes sociais.
Prometendo “toda a solidariedade” do bloco comunitário, Kaja Kallas disse que a UE “não pode demonstrar fraqueza”.
Pouco depois, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, recorreu igualmente às redes sociais para afirmar que a UE “vai responder a cada provocação com determinação”.
“À medida que aumentarem as tensões, também aumentará a nossa pressão”, prometeu a presidente do executivo comunitário.
O Governo da Estónia denunciou hoje a entrada de três caças russos no espaço aéreo do país, onde alegadamente permaneceram, sem permissão, 12 minutos, e convocou o representante de Moscovo (encarregado de negócios) para protestar perante tal incidente.
O incidente de hoje é o terceiro nas últimas duas semanas, depois da invasão do espaço aéreo da Polónia por drones (aeronaves pilotadas remotamente) russos, que desencadeou uma intervenção da Força Aérea polaca, e de um episódio semelhante na Roménia.
Na altura, também a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) prometeu apoio total aos países que sofreram estas incursões momentâneas nos respetivos espaços aéreos.
Os Estados Unidos da América prometeram igualmente defender “cada centímetro” do território da NATO, do qual estes três países do leste europeu fazem parte.