Numa nota publicada no seu portal, o BdP refere quatro passos que as fraudes tendem a repetir: o contacto por uma suposta entidade fiável ou pessoa conhecida, a criação de uma situação credível e urgente, pressão emocional e a indicação de um meio de pagamento.
Numa primeira fase, a potencial vítima pode receber uma mensagem, correio eletrónico ou chamada de alguém que se identifica como prestador de serviços, uma transportadora, uma entidade pública como a Autoridade Tributária ou a polícia.
Depois disto, é apresentada “uma situação credível que exige um pagamento imediato”, como a regularização de um pagamento em atraso ou de uma taxa para evitar a devolução de uma encomenda.
“Quando a burla recorre à figura de familiares ou amigos, a explicação pode passar pela avaria de um telemóvel ou pela necessidade de usar um número alternativo, sempre associada a um imprevisto que justifica o pedido urgente de dinheiro”, assinala o banco central.
Já a pressão emocional ocorre quando o burlão provoca “urgência e medo” para que a potencial vítima se sinta sob pressão e não tenha tempo para confirmar a informação.
Posteriormente, o burlão oferece a possibilidade de pagamento através de referência multibanco, transferência para um IBAN, por MB Way ou através de ‘links’ que simulam a aparência de portais oficiais.
Nesse sentido, o BdP deixa várias sugestões para os consumidores, pedindo que não cedam à urgência e analisem os pedidos recebidos “com cuidado”.
“Esteja atento a outros sinais de tentativas de burla, além do recurso à pressão emocional, como erros de linguagem, informação muito despersonalizada ou utilização de um meio de contacto que não é o habitual”, sugere, acrescentando que as entidades legítimas “não exigem pagamentos imediatos por SMS, e-mail ou WhatsApp”.
De igual forma, o banco central sugere a consulta de pagamentos em falta junto dos portais das entidades identificadas ou através de contactos oficiais.
Já na eventualidade de um pedido de dinheiro por um conhecido, “contacte-o através do número de telefone que conhece ou através de outro meio de contacto habitual”.
Também o acesso a ‘links’ desconhecidos deve ser evitado e o acesso ser feito por endereços eletrónicos do site a que se pretende aceder.
“Em caso de dúvida, não faça nenhum pagamento nem forneça dados pessoais sem confirmar que o pedido que recebeu é genuíno”, sublinha o BdP, que no momento do pagamento, sugere que se confirme sempre a identidade do destinatário.
“É possível identificar o destinatário em vários tipos de operações de pagamento, incluindo nos pagamentos com MB WAY, antes de confirmar a operação. Se o nome do destinatário não corresponder ao nome que esperava, não avance com o pagamento sem esclarecer a situação”, acrescenta o BdP.
Em caso de burla, a situação deve ser denunciada à policia mais próxima (PSP, GNR ou PJ) ou ao Ministério Público.
De igual forma, em caso de deteção de movimentos não autorizados na conta, os utilizadores devem contactar de imediato o seu banco.