Ana Gomes constituída arguida

A antiga eurodeputada socialista Ana Gomes foi constituída arguida num processo-crime instaurado pela Solverde, depois de declarações suas sobre o sistema de regulação dos casinos em Portugal.

Orlando Almeida / Global Imagens

A informação foi confirmada pela própria ao jornal Observador, onde explicou ter sido notificada pelo Ministério Público na passada quinta-feira.
Segundo Ana Gomes, a única novidade que tinha relativamente ao caso Spinumviva, que envolve uma empresa ligada à família do primeiro-ministro, era o facto de ter sido constituída arguida num processo movido pela Solverde contra si, por alegada ofensa a pessoa coletiva.
 
A Solverde – Sociedade de Investimentos Turísticos da Costa Verde, S.A. apresentou em março uma participação criminal contra a ex-eurodeputada, considerando que as suas declarações foram “de extrema gravidade e atentatórias do bom nome e reputação” da empresa. A queixa tem como objetivo o apuramento de responsabilidades e a eventual aplicação de sanções.
 
As afirmações de Ana Gomes referiam-se à ineficácia dos mecanismos de controlo e prevenção do branqueamento de capitais em Portugal, sobretudo no setor dos casinos e do jogo online, e mencionavam a Solverde como um caso que deveria merecer especial atenção por parte das autoridades.
 
Estas declarações surgiram após notícias que indicavam que a Solverde pagava uma avença à Spinumviva, empresa associada à família do primeiro-ministro. Na sequência dessas revelações, Ana Gomes apresentou uma participação à Procuradoria Europeia, com conhecimento às autoridades portuguesas, relacionada com a avença e com o que considera ser uma falta de regulamentação no setor dos casinos.
 
O conselho de administração da Solverde já tinha tornado pública, em março, a decisão de avançar judicialmente contra a ex-eurodeputada do PS, por entender que as suas declarações constituíam ataques infundados ao prestígio da empresa.
 
Sobre o caso Spinumviva, Ana Gomes defendeu ainda, nas declarações ao Observador, que o Procurador-Geral da República deveria ter aberto um inquérito logo desde o início, por ser o procedimento processualmente correto e aquele que melhor garantiria os direitos de todas as partes envolvidas. Na sua opinião, tal medida serviria também os interesses da Justiça, do Governo e do próprio primeiro-ministro Luís Montenegro, acrescentando que o PGR tem procurado, “com todas as suas forças”, evitar a abertura de um inquérito ao caso.

Últimas do País

A presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) disse hoje que a greve destes profissionais está a afetar toda a atividade programada nos hospitais e centros de saúde, responsabilizando o Governo, que tem sido "totalmente intransigente" nas negociações.
A fundação britânica que atribui os prémios Booker e Booker Internacional vai criar uma versão do prémio para obras de literatura infantil, anunciou hoje aquela entidade.
Portugal continental e as regiões autónomas da Madeira e Açores vão atrasar os relógios uma hora na madrugada de domingo, numa altura em que a União Europeia reacende o debate sobre a mudança da hora.
A antiga eurodeputada socialista Ana Gomes foi constituída arguida num processo-crime instaurado pela Solverde, depois de declarações suas sobre o sistema de regulação dos casinos em Portugal.
Dez distritos de Portugal continental vão estar no sábado sob aviso amarelo devido à previsão de chuva forte, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Quase um milhão de pessoas esperavam por uma primeira consulta nos hospitais públicos no final de junho, mais de metade para além dos tempos máximos de resposta previstos, adiantou hoje a Entidade Reguladora da Saúde (ERS).
Os dados da ERS indicam ainda que, ao longo do primeiro semestre de 2025, foram realizadas 37.195 cirurgias oncológicas, 92,6% das quais em unidades de saúde públicas
A greve da administração pública, que esta sexta-feira se cumpre, afetou ao início da noite de quarta-feira a a recolha do lixo em vários concelhos do país, levando a encerramentos de serviços em Loures, Moita, Palmela e Seixal, segundo o sindicato.
Está também em curso uma mudança de nome: o INEM deverá passar a designar-se Autoridade Nacional de Emergência Médica, após aprovação em Conselho de Ministros esta sexta-feira.
Há um ano, por iniciativa do PSD, o Orçamento do Estado para 2025 descongelou 5% dos salários dos políticos, medida aplicada em 2011, no tempo da ‘Troika’ e do resgate financeiro da República Portuguesa.