Em comunicado hoje divulgado, a DGAV informou ter sido “confirmado um novo foco de infeção por vírus da Gripe Aviária de Alta Patogenicidade numa exploração avícola de galinhas reprodutoras”, situada no Ramalhal, freguesia do concelho de Torres Vedras.
O foco, detetado na segunda-feira, obrigou à implementação de medidas de controlo previstas na legislação em vigor que, segundo a DGAV, passaram pela inspeção aos locais onde a doença foi detetada, eliminação dos animais afetados, limpeza e desinfeção, assim como a restrição da movimentação e a vigilância das explorações que detêm aves nas zonas de restrição num raio de até 10 quilómetros em redor do foco detetado.
Também em nota de imprensa relacionada com o foco de infeção, a Câmara de Torres Vedras acrescentou que o “risco de transposição do vírus para os humanos é baixo, mas pode acontecer quando há exposição continuada e associada à manipulação de elevado número de animais doentes ou dos resíduos produzidos pela sua acomodação”.
Tendo em conta o “aumento acentuado do número de focos em toda a União Europeia”, na semana passada a DGAV determinou o confinamento das aves domésticas em todo o território do continente, bem como a proibição da realização de eventos de exposição e concurso de aves em cativeiro.
O confinamento de aves domésticas abrange 95 zonas de 14 distritos identificadas como de alto risco para a gripe aviária.
Em causa estão os distritos do Porto, Lisboa, Braga, Viana do Castelo, Aveiro, Leiria, Coimbra, Castelo Branco, Santarém, Setúbal, Évora, Beja, Portalegre e Faro.
No edital, são identificadas 95 zonas onde é alto o risco para a gripe aviária: em freguesias do Alandroal, Albergaria-a-Velha, Albufeira, Alcácer do Sal, Alcobaça, Alcochete, Alzejur, Almada, Alpiarça, Alvito, Arraiolos, Arronches, Aveiro, Barreiro, Beja, Benavente, Caldas da Rainha, Caminha, Campo Maior, Cantanhede, Cascais, Castelo Branco, Castro Marim, Castro Verde, Chamusca, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Constância, Coruche e Elvas.
Foram também apontadas como de alto risco freguesias de Espinho, Esposende, Estarreja, Évora, Faro, Ferreira do Alentejo, Figueira da Foz, Golegã, Grândola, Idanha-a-Nova, Ílhavo, Lagoa, Lagos, Leiria, Lisboa, Loulé, Loures, Lourinhã, Mafra, Marinha Grande, Matosinhos, Mértola, Mira, Montemor-o-Velho, Montijo, Moura, Mourão, Murtosa e Nazaré.
O mesmo acontece em Óbidos, Odemira, Oeiras, Olhão, Ovar, Palmela, Peniche, Pombal, Portel, Portimão, Porto, Póvoa de Varzim, Reguengos de Monsaraz, Salvaterra de Magos, Santarém, Santiago do Cacém, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sines, Sintra, Soure, Tavira, Tomar, Torres Novas, Torres Vedras, Vagos, Vendas Novas e Viana do Castelo.
Igual cenário afeta a Vidigueira, Vila do Bispo, Vila do Conde, Vila Franca de Xira, Vila Nova da Barquinha, Vila Nova de Gaia, Vila Real de Santo António e Vila Viçosa.
As aves domésticas em estabelecimentos localizados nas zonas de alto risco, incluindo capoeiras domésticas e aves em cativeiro, têm de estar, obrigatoriamente, em cativeiro.
O risco de disseminação da gripe das aves é, neste momento, elevado, avisou a DGAV.
O número total de focos detetados este ano em Portugal ultrapassou os 30.
Já nas zonas de proteção e vigilância é proibida a circulação de aves, o repovoamento de aves de espécies cinegéticas, feiras, mercados e exposições, a circulação de carne fresca e de ovos para incubação e para consumo humano, bem como a circulação de subprodutos animais.