Ao longo destes últimos seis anos o Partido conseguiu emergir da neblina da dúvida e do medo, constantemente difundida pelos Media, com o apoio dos tradicionais movimentos sociais e das demais elites. Foi um trabalho moroso e árduo, mudar a mentalidade das pessoas, explicar que os últimos 50 anos, que teriam vivido em um ambiente mediático de desinformação e pouco escrutínio político. O Professor André Ventura conseguiu esse feito, com profundo otimismo e com sentido de resiliência bastante apurado.
O resultado tornou-se visível após as Legislativas de 18 de maio de 2025, em que o Partido tomou a dianteira da oposição na Assembleia da República com 60 Deputados eleitos.
Já no que concerne à Política local, o Partido por ser jovem e não ter uma estrutura autárquica suficientemente robusta antes das Autárquicas de 12 de outubro, não conseguiu ter a mesma influência e o mesmo crescimento que já detinha no panorama nacional.
A pouca experiência que posso partilhar enquanto candidato a uma União das Freguesias com cerca de 48 mil pessoas, e agora na condição de Autarca na Assembleia de Freguesia, é que foi um trabalho bastante complexo que exigiu diplomacia, resiliência e determinação. No âmbito da Política local, geralmente as pessoas votam nos dois Partidos tradicionais, independentemente de ou não, conhecimento do Programa.
Quando abordava as pessoas no decorrer das arruadas e das visitas ao comércio que realizava todos os fins de semana, verifiquei que embora muitas afirmassem que teriam votado no Professor André Ventura para Primeiro-ministro, não manifestavam a mesma intenção de voto no contexto local, justificando apreço pela cor partidária do executivo anterior ou por conhecerem pessoalmente o Cabeça de Lista de outra força política. Nessa sequência limitava-me retorquir com uma questão bastante prática, que melhorias vislumbraram na Freguesia, que problemas viram ser resolvidos, sendo essas perguntas raramente respondidas com exatidão.
Para além do desafio que referi em cima, deparei-me com um outro, profundamente relacionado com cobertura hostil que os Media faziam constantemente contra o CHEGA, as pessoas recebiam-nos com agressividade extrema, sem saber sequer o nosso programa para a União das Freguesias. Este contacto com a população foi o mais gratificante e enriquecedor, porque à medida que partilhávamos o Jornal Folha Nacional com as pessoas e falávamos sobre o nosso programa, as pessoas acabavam por entender que nós não correspondíamos às mentiras vis que os Media difundiam sobre nós e muitas delas já nos pediam inclusive o Jornal.
Paralelamente à distribuição dos Jornais Folha Nacional, entendemos que deveríamos apostar fortemente nas redes sociais, publicando com frequência as próprias iniciativas da distribuição de Jornais, bem como qualquer outra iniciativa de Política Local, deste modo, acabámos por desmistificar o Partido na esfera local.
Já no que concerne ao conceito da normalização, entendemos que devíamos realizar as arruadas e as visitas ao comércio com as t-shirts do Partido, vestimos com orgulho e responsabilidade. Aos poucos, à medida que íamos realizando com frequência este tipo de iniciativa, as pessoas deixaram de nos ofender na via pública e começaram gradualmente a habituar-se à nossa presença.
Através deste gesto de ativismo local demonstramos a nossa resiliência e nossa determinação em normalizar o Partido junto da Comunidade local.
Em jeito de conclusão relativamente a esta breve partilha de experiência, sinto que temos um longo caminho a percorrer até às próximas eleições Autárquicas, o Partido ganhou experiência com estas eleições, irá certamente robustecer a sua estrutura autárquica. Nós enquanto Autarcas temos e devemos cumprir e fazer cumprir as promessas que formam proferidas durante a campanha. Não somos iguais aos políticos de carreira dos Partidos tradicionais, temos garra e genuína vontade de melhorar a Comunidade.