Trabalhadores em ‘lay-off’ sobem 19,2% em novembro para 7.510, máximo desde janeiro

O número de trabalhadores em ‘lay-off’ aumentou 19,2% em novembro, em termos homólogos, e aumentou 37,3% face a outubro, para 7.510, atingindo o número mais elevado desde janeiro, segundo dados da Segurança Social.

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Em novembro, “o número total de situações de ‘lay-off’ com compensação retributiva, (concessão normal, de acordo com o previsto no Código do Trabalho), foi de 7.510”, segundo o mais recente resumo elaborado pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Face ao período homólogo registou-se um acréscimo de 1.210 prestações processadas, o equivalente a uma subida de 19,2%.

“Este efeito deve‐se principalmente a duas empresas, que representam quase 40% dos trabalhadores de ‘lay-off’ face ao total nacional”, adianta o GEP, sem referir, contudo, as empresas em causa.

Já na comparação em cadeia, observou-se um aumento de 2.041 prestações processadas, o que se traduziu num acréscimo de 37,3% face ao registado em outubro.

O número de trabalhadores em ‘lay-off’ está a aumentar há dois meses consecutivos, sendo que é preciso recuar a janeiro deste ano para encontrar um valor tão elevado como o registado em novembro, quando havia 12.364 trabalhadores em ‘lay-off’, segundo os dados disponíveis.

De acordo com o GEP, o regime de redução de horário de trabalho abrange 4.292 pessoas, mais 3,9% face a novembro de 2024 (mais 160 prestações) e um acréscimo de 20,2% (mais 721 prestações) face ao mês anterior.

Já o regime de suspensão temporária registrou um aumento homólogo de 48,4% (mais 1.050 processamentos) e aumentou 69,5% face a outubro (mais 1.320 processamentos), totalizando os 3.218.

Em novembro, as prestações de ‘lay-off’ foram processadas a 299 entidades empregadoras, o que corresponde a uma queda de 77 face ao período homólogo, mas houve um acréscimo de 18 entidades face a outubro.

Em 24 de novembro, a Bosch de Braga retomou a laboração normal, terminando o ‘lay-off’ que vigorou desde o início daquele mês devido à escassez de componentes, e que afetou 2.500 trabalhadores.

O ‘lay-off’ consiste na redução temporária dos períodos normais de trabalho ou suspensão dos contratos de trabalho ocorridos por iniciativa das empresas, durante um determinado tempo, devido a motivos de mercado, motivos estruturais ou tecnológicos ou catástrofes ou outras ocorrências que tenham afetado gravemente a atividade normal da empresa.

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