Preços do gás na Europa sobem após ameaça de greves na Austrália

© D.R.

Os preços do gás natural na Europa subiram hoje 9%, após os trabalhadores de um projeto de exportação na Austrália terem ameaçado com uma greve, em setembro, que pode afetar significativamente os fornecimentos globais.

contrato de gás natural TTF (‘Title Transfer Facility’), que serve de referência para a Europa, subiu 9%, para um máximo de 41 euros por megawatt-hora (MWh), enquanto o contrato para entrega em setembro aumentou 6,84%, para 38,9 euros por MWh.

Os trabalhadores das plataformas de gás de North West Shelf, detidas pela Woodside e que alimentam a maior fábrica de GNL australiana, ameaçaram avançar para a greve, a partir de 02 de setembro, por melhores salários e condições de segurança, tendo dado à empresa um prazo de sete dias, que termina no domingo, para chegar a um acordo.

Segundo a Bloomberg, as possíveis paralisações na Austrália podem afetar 10% das exportações de gás natural liquefeito (GNL), a nível global.

A Europa ainda está a recuperar da crise energética do ano passado, quando os cortes na oferta russa deixaram o continente altamente exposto às variações no mercado global.

Os preços do gás ainda estam longe dos máximos registados no último ano mas, embora a Europa raramente receba combustível da Austrália, as eventuais restrições no envio de GNL para a Ásia poderiam aumentar a competição por cargas alternativas.

Últimas de Economia

Dez instituições sociais açorianas não vão pagar o subsídio de Natal aos trabalhadores por dificuldades financeiras devido a atrasos da República nas transferências e o Governo Regional disse hoje que está disponível para ajudar a ultrapassar o problema.
Metade dos pensionistas por velhice recebia uma pensão abaixo dos 462 euros, apesar de a média de 645 euros, segundo dados analisados por economistas do Banco de Portugal (BdP), que assinalam ainda as diferenças entre géneros.
O número de passageiros movimentados nos aeroportos nacionais aumentou 4,7% até outubro, face ao mesmo período de 2024, para 63,869 milhões, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo um relatório do INE realizado em 2025 sobre rendimentos do ano anterior indicam que 15,4% das pessoas estavam em risco de pobreza em 2024, menos 1,2 pontos percentuais (p.p.) do que em 2023.
As exportações de bens caíram 5,2% e as importações recuaram 3% em outubro, em termos homólogos, sendo esta a primeira queda das importações desde junho de 2024, divulgou hoje o INE.
O número de trabalhadores efetivamente despedidos em processos de despedimentos coletivos aumentou 16,4% até outubro face ao período homólogo, totalizando os 5.774, superando o total de todo o ano passado, segundo os dados divulgados pela DGERT.
Os custos de construção de habitação nova aumentaram 4,5% em outubro face ao mesmo mês do ano passado, com a mão-de-obra a subir 8,3% e os materiais 1,3%, de acordo com dados hoje divulgados pelo INE.
Os consumidores em Portugal contrataram em outubro 855 milhões de euros em crédito ao consumo, numa subida homóloga acumulada de 11,3%, enquanto o número de novos contratos subiu 4%, para 157.367, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
O Governo reduziu o desconto em vigor no Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), aplicável à gasolina sem chumbo e ao gasóleo rodoviário, anulando parte da descida do preço dos combustíveis prevista para a próxima semana.
Os pagamentos em atraso das entidades públicas situaram-se em 870,5 milhões de euros até outubro, com um aumento de 145,4 milhões de euros face ao mesmo período do ano anterior, segundo a síntese de execução orçamental.