Ventura estabelece como objetivo eleitoral “resultado acima de 15%”

O presidente do CHEGA estabeleceu hoje como objetivo para as eleições legislativas de 10 de março "consolidar um resultado acima dos 15%" e defendeu que, caso integre um governo, o partido deveria assumir a pasta da Justiça.

© Folha Nacional

Em declarações aos jornalistas na sede do CHEGA, em Lisboa, André Ventura afirmou que o objetivo nas eleições de 10 de março é “consolidar um resultado acima dos 15% e conseguir forma um governo à direita”.

André Ventura indicou que o programa eleitoral do partido será “estável, conservador, ambicioso”.

O deputado defendeu que, caso o resultado das eleições dite um governo à direita e o seu partido for necessário para a solução governativa, “o CHEGA tem de estar no governo”.

“Só há governo se o CHEGA fizer parte”, defendeu Ventura, reiterando que uma solução de apoio parlamentar “está fora de questão” e que o partido vai apresentar-se a eleições com listas próprias.

O presidente do CHEGA apontou que o partido deveria assumir a pasta da Justiça, caso venha a integrar um governo.

“O CHEGA está pronto para ser governo e alternativa. O país pode confiar em nós, estamos preparados, vamos preparar-nos mais e apresentar ao país uma alternativa à direita, credível e coerente, capaz de resolver os problemas que o PS agudizou”, salientou.

Sustentando que a “justiça é um dos problemas maiores”, André Ventura afirmou que o “CHEGA parte para estas eleições procurando fazer a maior reforma nesta área”.

Questionado se já iniciou contactos com PSD e IL, o presidente do CHEGA respondeu negativamente.

O presidente do CHEGA admitiu, no entanto, abdicar de integrar pessoalmente um próximo governo, caso essa seja uma “exigência do Presidente da República”, mas salientou que o partido terá de fazer parte com outros dirigentes.

“Nunca fique em causa a existência de um governo de direita pela minha presença. Se a condição do Presidente da República for que eu não seja membro desse governo, da minha parte não há nenhum entrave a isso”, afirmou.

Questionado sobre qual dos dois candidatos à liderança do PS prefere enfrentar nas legislativas de 10 de março, Pedro Nuno Santos ou José Luís Carneiro, Ventura disse que lhe é indiferente, mas considerou que o ex-ministro das Infraestruturas é “mais perigoso para o país” pois “será ressuscitada, com toda a probabilidade, uma geringonça”.

Portugal vai ter eleições legislativas antecipadas em 10 de março de 2024, marcadas pelo Presidente da República, na sequência da demissão do primeiro-ministro, na terça-feira.

Últimas de Política Nacional

O presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que operações policiais como a que decorreu na quinta-feira no Martim Moniz, em Lisboa, deveriam "realizar-se mais vezes" e defendeu que a polícia tem de "mostrar autoridade".
O Parlamento da Madeira aprovou a moção de censura que fez cair o Governo Regional, pela primeira vez. "A luta pela transparência numa região autónoma que tem feito tudo menos transparência é um momento marcante na nossa história política dos últimos anos.
O CHEGA recebeu vários emails, na última semana, a relatar “agendamentos fictícios” de consultas nos hospitais portugueses. Entre eles, dois se destacam. Um com o assunto “doentes agendados externamente”, relata que a unidade de saúde não tinha conhecimento da marcação da consulta, não sabia o motivo do agendamento, bem como não tinha espaço e, por isso, foi obrigada a cancelar a marcação.
Os projetos de Lei do CHEGA e do PSD e CDS-PP sobre as condições de acesso de cidadãos estrangeiros não residentes ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) foram aprovados hoje com os votos a favor dos partidos proponentes.
O representante da República para a Madeira, Ireneu Barreto, disse hoje que não foi possível encontrar uma solução governativa para substituir o executivo de Miguel Albuquerque e que irá agora transmitir a situação ao chefe de Estado.
"Portugal tem o serviço de saúde que mais esgota recursos, que não tem, para quem vem de fora", começa por discursar André Ventura, apontando o dedo ao Partido Socialista (PS) de deixar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) "numa autêntica bandalheira."
O presidente do CHEGA/Madeira, Miguel Castro, insistiu hoje que, não havendo uma reformulação do Governo Regional liderado por Miguel Albuquerque (PSD), a região deve realizar eleições "o mais rápido possível".
À entrada para o Conselho Europeu, e face à insistência dos jornalistas sobre se as relações com Belém tinham esfriado, Luís Montenegro respondeu: "De maneira nenhuma".
A nomeação de Ricardo Reis para vice-presidente do regulador dos transportes foi chumbada hoje no parlamento, com o PS e o CHEGA a considerarem que não reúne as condições necessárias para as funções.
O antigo secretário do Ambiente e Recursos Naturais da Madeira Manuel António Correia defendeu hoje a “demissão imediata” do líder do PSD regional, Miguel Albuquerque, e a convocação de eleições internas no partido, às quais pretende candidatar-se.