“Claro que é diverKdo ter conseguido chegar lá fora, estar em Hollywood, começar aqui uma carreira internacional, mas para mim, sobretudo, são os passos concretos nesta luta, nesta missão de que podemos ser diversas coisas e de começar a convocar as pessoas para criar outras narraKvas. Eu acho que isso é importante, ir lá, ao lugar do outro”, afirmou a atriz em entrevista à agência Lusa.
Jani Zhao, de 31 anos, integra o elenco da produção norte-americana ‘Aquaman e o Reino Perdido’, de James Wan, que chega aos cinemas a 21 de dezembro, sendo a sua estreia internacional numa carreira na representação iniciada há mais de 15 anos.
A rodagem desta produção da DC Comics aconteceu em 2021 no Reino Unido e nos Estados Unidos, e Jani Zhao interpreta o papel de SKngray, uma personagem que existe na banda desenhada — tal como Aquaman — e sobre a qual pouco pode adiantar antes da estreia, por questões de confidencialidade.
“Não posso dizer com quem contracenei, porque não vão perceber tudo já imediatamente. […] Eu diria que [SKngray] é uma figura assim muito inKmidante”, disse Jani Zhao.
Sobre a experiência, para lá do contacto com uma produção estrangeira e da remuneração – “pagaram muito bem” -, a atriz diz que deu mais um passo numa missão pessoal sobre aquilo que representa e o Kpo de narraKvas que defende.
Jani Zhao nasceu em Leiria, de pais chineses imigrados em Portugal. Estudou dança com a companhia de Olga Roriz e teatro na Escola Profissional de Teatro de Cascais, de Carlos Avilez.
Alguns dos papéis que interpretou no início da carreira eram de personagens asiáKcas: Sandra Chung em ‘Morangos com açúcar’, Susana Wang em ‘Jogo Duplo’, ou Chung Li no filme ‘Cabaret Maxime’.
Em 2019 interpretou Alice, na série policial ‘Sul’, em 2021 foi Júlia Andorinho na série ‘Capitães do Açúcar’, de Ricardo Leite, e acabou de rodar a série ‘O Americano’, também de Ivo M. Ferreira, no papel de Felicidade.
“O que é que são estes projetos que fiz e que vou fazer e que têm uma grande importância no trajeto? A minha fisionomia não ser relevante para as personagens que estou a encarnar. Não é de todo relevante”, resumiu.
“É importante trazer também para o cinema português, para a ficção portuguesa, para o audiovisual português, porque essas pessoas fazem parte da sociedade portuguesa.