Chega quer limitar viagens de Estado com o dinheiro dos contribuintes

Quando muitos portugueses têm de decidir entre comer ou pagar a renda de casa é “indecente” os políticos continuarem a gastar milhões de euros todos os anos em viagens de Estado.

© Folha Nacional

Todos os anos gastam-se milhões de euros em viagens de representação da República entre Presidência da República, Governo e Assembleia da República.

O acesso a estes dados de forma detalhada é sempre algo opaco, conseguindo-se apurar a esforço os montantes dotados de forma global, mas o detalhe é algo que nunca é revelado.

O CHEGA quer que estas visitas sejam limitadas e, ao mesmo tempo, propõe que exista um portal público onde qualquer cidadão possa aceder aos gastos detalhados destas viagens, em nome da transparência.

Só o Presidente da República, entre o primeiro mandato e metade do segundo, já realizou perto de uma centena de viagens, sendo a dotação anual para ‘despesas de representação da República’ (segundo o site oficial do PR), um total anual de mais de 5 milhões de euros.

Segundo as contas da Assembleia da República para 2023 havia uma dotação entre viagens e alojamento, numa verba que ascende a 2 milhões de euros.

Da parte do Governo da República a opacidade é total, a exemplo disso foi a polémica noticiada em vários orgãos de comunicação social de quanto teria custado aos contribuintes as viagens de Augusto Santos Silva, Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa e respetivo ´staff’ ao Mundial de Futebol  de 2022 no Qatar. 

Entre viagens em executiva e o uso do Falcon oficial nada foi revelado, no entanto dados de mercado mostram que o custo por hora de voo do Falcon é de aproximadamente 3.500 euros. 

Quando o Presidente da República e o Primeiro-Ministro constantemente falam da transparência e depois dão estes exemplos, “são a prova de que este sistema está podre”, disse André Ventura ao Folha Nacional. 

Para o CHEGA, a transparência dos gastos do Estado é fundamental num Estado de Direito Democrático. Segundo o Presidente do CHEGA, “não podemos ter milhares de portugueses que têm de decidir entre comer ou pagar a renda de casa e políticos que gastam milhões de euros por ano entre viagens, alojamento e despesas de representação. Isto está mal e é algo indecente”.

Últimas de Política Nacional

O Presidente da República explicou esta sexta-feira que não concede audiências sobre propostas de referendo, como a que foi pedida pelo presidente do CHEGA, porque nos termos da Constituição só lhe compete intervir na fase final desses processos.
O Presidente da República afirmou hoje que vai começar a tratar da sucessão da procuradora-geral da República, Lucília Gago, com o primeiro-ministro para a semana, e referiu não saber que método Luís Montenegro pretende adotar nesta matéria.
A maioria dos partidos quer saber se o ex-primeiro-ministro António Costa teve alguma intervenção no caso das gémeas luso-brasileiras tratadas no Hospital de Santa Maria com o medicamento Zolgensma, enquanto o PS decidiu não fazer perguntas.

O atual líder do executivo, Luís Montenegro, rejeitou aquelas que seriam as exigências do CHEGA no que diz respeito ao combate à corrupção e ao controlo da imigração ilegal, preferindo negociar as medidas para o Orçamento do Estado de 2025 (OE25) com o Partido Socialista. Para o CHEGA, medidas de controlo à imigração ilegal e […]

O ministro da Educação, Fernando Alexandre, admitiu hoje que o novo ano letivo vai arrancar com “milhares de alunos sem aulas”, sublinhando que se trata de uma “falha grave” da escola pública que o Governo quer resolver até ao final da legislatura.
O presidente do CHEGA afirmou que o partido está a estudar propor uma nova comissão de inquérito à gestão da TAP, afirmando que "muito passou ao lado" do parlamento no anterior inquérito à gestão da companhia aérea.

Numa altura em que a imigração está a caminho de atingir os 15%, Luís Montenegro decidiu colocar em curso uma megaoperação para acelerar os pedidos que estão pendentes na AIMA. É já no dia 9 de setembro que vai arrancar este processo, que contará com um megacentro de operações em Lisboa e outros mais pequenos […]

O líder parlamentar do CHEGA, Pedro Pinto, classificou como “uma trapalhada” o processo de privatização da TAP, criticando o primeiro-ministro, Luís Montenegro, ao acusá-lo de ser cúmplice, afirmando que “quando chamou Miguel Pinto Luz para o Governo, sabia quem estava a nomear”.
André Ventura acusa Luís Montenegro de traição à Direita e de mentir ao CHEGA quando escolheu o PS para negociar o Orçamento do Estado de 2025.
O CHEGA reiterou hoje que se vai manter afastado das negociações do próximo Orçamento do Estado e não vai comparecer nem à próxima, nem a mais nenhuma reunião com o Governo, acusando o executivo de provocar o partido.