Mais de 70 mil pessoas em manifestação do PP contra Lei da Amnistia de Pedro Sánchez

Mais de 70 mil pessoas, segundo o Partido Popular, participaram na manifestação em Madrid de protesto contra a Lei da Amnistia dos independentistas catalães aprovada pelo Governo de Pedro Sánchez (PSOE), noticiou a Europa Press.

© Facebook de Partido Popular

 

Esta foi a quarta mobilização, desde o outono passado, que a direção do Partido Popular (PP), liderada por Alberto Núñez Feijóo, convocou contra esta Lei da Amnistia, que será aprovada na próxima terça-feira pelo plenário do Congresso para ser enviada ao Senado.

Alguns manifestantes gritaram “Parem no Senado”, um pedido que o Vox – que apoiou os três protestos anteriores, mas que se distanciou nesta ocasião – já fizera, ameaçando mesmo processar criminalmente os membros da Mesa da Câmara Alta do Senado por prevaricação.

Sob o lema “Uma Espanha forte”, o presidente do PP e quase todos os seus presidentes regionais saíram hoje, de novo, à rua, em defesa da igualdade de todos os espanhóis e para denunciar o “processo de destituição” que, segundo os populares, foi iniciado pelo PSOE e pelo partido Sumar (movimento de esquerda).

Os únicos ausentes no protesto foram o presidente da Galiza, Alfonso Rueda, em plena pré-campanha eleitoral, a presidente da Cantábria, María José Sáenz de Buruaga, e o presidente do PP nas Canárias, Manuel Domínguez.

Os antigos presidentes José María Aznar e Mariano Rajoy, que também apoiaram o primeiro protesto na Praça de Felipe II, em 24 de setembro, juntaram-se à manifestação e discursaram da tribuna.

A Presidente da Comunidade de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, e o Presidente da Câmara da capital, José Luis Martínez-Almeida, foram os anfitriões do protesto de hoje na Praça de Espanha, que terminou com o hino espanhol.

Os manifestantes, muitos deles com bandeiras de Espanha e da União Europeia (UE), entoaram palavras de ordem como “Puigdemont para a prisão”, “Não à amnistia” ou “Espanha nunca será derrotada”. Além disso, algumas pessoas transportaram faixas onde se lia “Sánchez traidor”, “Pedro Sánchez para a prisão” ou “Ferraz, um grito de união contra o Sanchismo”.

Porém, a maior marcha contra a amnistia foi a convocada por mais de uma centena de organizações da sociedade civil em Madrid, em 18 de novembro, que juntou quase um milhão de pessoas, embora o Governo tenha estimado que seriam 170 mil pessoas.

Hoje, no seu discurso, Feijóo avisou o chefe do Executivo, Pedro Sánchez, que será castigado nas urnas e que o seu governo terá um “fim mais cedo do que tarde”, porque “Espanha não está à venda” e desencadeou uma “tempestade de dignidade” em todo o país, que “está a ganhar força todos os dias”.

“Vamos resgatar democraticamente este país”, proclamou Feijóo, garantindo que Sánchez “ficará na história” pelas “suas mentiras”, “pela conveniência disfarçada de convivência”, “ter vendido o Partido Socialista” e “ter posto Espanha à venda”.

Últimas de Política Internacional

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, voltou hoje a criticar o sistema judicial italiano, acusando os tribunais de ordenarem o regresso a Itália de imigrantes com registo criminal e manifestamente sem direito a proteção, por razões "claramente ideológicas".
A Comissão Europeia anunciou hoje ter levado Portugal ao Tribunal de Justiça da União Europeia por não aplicar na totalidade a nova Lei dos Serviços Digitais, dado que não conferiu poderes supervisores nem definiu regras sobre sanções.
A segunda volta para a eleição de Friedrich Merz como chanceler da Alemanha vai decorrer hoje às 15:15 (hora local, 14:15 em Lisboa), depois do líder dos conservadores ter falhado a primeira votação no parlamento.
O Governo dos EUA anunciou hoje que vai oferecer dinheiro aos imigrantes ilegais que regressem aos seus países, beneficiando aqueles que optem pela autodeportação.
A presidente da Comissão Europeia anunciou hoje uma estratégia para a União Europeia (UE) atrair investigadores estrangeiros, alocando 500 milhões de euros até 2027 com vista a chegar futuramente a um investimento de 3% do PIB neste setor.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, prometeu hoje retaliações contra os rebeldes huthis do Iémen, depois de um míssil ter atingido o aeroporto Ben Gurion em Telavive.
O chanceler cessante alemão, Olaf Scholz, apelou hoje à defesa do ideal europeu surgido após a Segunda Guerra Mundial, durante as comemorações do octogésimo aniversário da libertação do campo de concentração nazi de Neuengamme, perto da cidade de Hamburgo.
O primeiro-ministro do Iémen, Ahmed bin Mubarak, demitiu-se hoje depois de lamentar que o seu mandato tenha sido limitado ao ponto de não ter conseguido concretizar as reformas que pretendia para o país.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, desvalorizou as tréguas propostas pelo homólogo russo, Vladimir Putin, incluindo um cessar-fogo de 08 a 10 de maio, por serem prazos demasiado curtos para conversações sérias.
O Parlamento Europeu vai debater na próxima quarta-feira o apagão que deixou a Península Ibérica sem eletricidade na segunda-feira, que foi classificado como o maior incidente deste tipo na Europa em quase duas décadas, foi hoje divulgado.