Ventura acredita que CHEGA vai vencer eleições e pede “uma oportunidade”

O presidente do CHEGA, André Ventura, voltou a estabelecer como meta vencer as eleições legislativas de 10 de março e pediu "uma oportunidade" para governar, dizendo que em 50 anos PS e PSD "nunca conseguiram cumprir Portugal".

© Folha Nacional

“Eu acredito profundamente que nós vamos vencer estas eleições e vamos criar um enorme movimento de transformação de Portugal”, afirmou, falando num “crescimento imparável de um movimento que não é sequer tanto um partido, mas um movimento de pessoas de todas as classes, de todas as idades, condições sociais, que cada vez mais acha que este sistema tem de ser verdadeiramente limpo”.

André Ventura discursava no domingo à noite, em Lousada (distrito do Porto), naquele que foi o primeiro de 23 comícios previstos durante a campanha oficial para as eleições legislativas de 10 de março, e que juntou mais de 300 pessoas.

O presidente do CHEGA dirigiu-se depois àqueles que disse duvidarem de si: “Os outros tiveram 50 anos de oportunidades, nunca conseguiram cumprir Portugal, o aumento de salários, a dignidade dos das Forças Armadas e das forças de segurança, a dignidade da função pública e do país”.

“Em 50 anos falharam sempre. Deem-me uma oportunidade e eu garanto-vos que terão um país muito melhor do que aquele que tivemos até agora e onde valha a pena viver. Deem-me uma oportunidade e não restará um corrupto em Portugal para tirar um cêntimo do Orçamento do Estado”, apelou.

Considerando que as eleições legislativas são “uma batalha decisiva”, André Ventura defendeu ser “possível quebrar o bipartidarismo” e pediu aos apoiantes que acreditem, “porque só a vitória interessa”.

“Podemos ter 50, 60, 70 deputados. De que valerá se não podermos mudar a vida das pessoas?”, questionou, perguntando também “o que distingue Luís Montenegro de Pedro Nuno Santos” e “o que é que o PSD vai fazer diferente”, enquanto os presentes respondiam “nada”.

E considerou que PS e PSD “entendem-se sempre quando chega a um assunto, tachos”.

“Ouvi Luís Montenegro dizer naquele estilo dele muito violoncelo que o PSD não vai descer um cêntimo as pensões. Isto é o mais frouxo que há num político. Nós garantimos é que vamos aumentá-las, e muito, porque é isso que o país precisa”, prometeu, considerando que esta “nem devia ser discussão política, devia ser um desígnio nacional”.

O período de discursos foi aberto pelo cabeça de lista do CHEGA pelo Porto, o deputado Rui Afonso, que estabeleceu como “principal objetivo” o partido chegar ao governo.

O candidato a deputado defendeu também ser necessário “recuperar a portugalidade”, considerando que Portugal está “a perder a sua soberania e a sua identidade”.

“Nunca podemos deixar que o fado deixe de ser a música do nosso país, que o bacalhau deixe de ser o alimento do nosso país e que as nossas tradições e a nossa cultura se percam, tudo em nome do chamado globalismo”, referiu.

O cabeça de lista considerou que o “globalismo acaba por ser a desracialização, uma mistura de culturas e de raças que não representa e acaba por haver a tal perda de identidade”.

“Quando chegarmos a Espanha queremos ver espanhóis, quando chegamos a França queremos ver franceses e quando chegamos a Portugal queremos ver portugueses”, acrescentou.

Na mesma nota, André Ventura disse querer que o Porto seja “charneira dessa portugalidade” porque “no norte nasceu Portugal”.

“Aqui está símbolo maior da Portugalidade, daqui partiu a reconquista, daqui reconquistámos a nossa terra aos mouros, e daqui estabelecemos as bases da civilização cristã que é hoje a nossa marca de identidade”, afirmou.

O presidente do CHEGA disse também que a Portugal e a Europa “precisam de uma nova reconquista cristã e uma nova reconquista da matriz cristã”.

Últimas de Política Nacional

​ A empresa de combustíveis Joaquim Barros Rodrigues & Filhos, que transferiu 194 mil euros (sem IVA) para a Spinumviva — sociedade pertencente à família do ainda primeiro-ministro, Luís Montenegro — doou também 10 mil euros ao PSD, segundo revelou a CNN Portugal.
André Ventura defende que aquilo que deve ser feito a corruptos é “ir-lhes aos bens para devolver à economia aquilo que nos tiraram”.
O alerta foi feito, mas ninguém quis ouvir. Hoje, Portugal é casa de 1,6 milhões de imigrantes. O CHEGA sempre defendeu um controlo mais apertado das políticas de imigração.
O líder do CHEGA considerou hoje que as medidas anunciadas pelo Governo para responder às tarifas aduaneiras impostas pelos Estados Unidos da América chegaram "tarde demais" e afirmou que a União Europeia deve defender os seus produtos.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) considerou que "em sede de propaganda vigora o princípio da liberdade", a propósito dos cartazes do Chega que associam José Sócrates e Luís Montenegro à corrupção.
Ventura alegou que os estrangeiros “vêm para cá fazer turismo de Saúde” e que partidos como o Livre querem um sistema de “bar aberto” no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
A conta do Presidente do CHEGA, André Ventura, na rede social X foi hoje suspensa, após a publicação de um vídeo onde pessoas de etnia cigana cometiam assaltos em plena luz do dia.
André Ventura critica a falta de explicações por parte de Montenegro e a sua posição contra acordos sem “transparência”.
Em causa está a requalificação do canal ferroviário de Espinho, pela Alexandre Barbosa Borges, SA (ABB), cujo valor deslizou cerca de nove milhões de euros acima do previsto, segundo contas feitas pelo jornal Expresso.
O Presidente do CHEGA justificou hoje a ausência de alguns deputados do partido nas listas para as próximas eleições legislativas com a necessidade apostar em jovens e “garantir a unidade” interna, sublinhando que “quem prevaricar será afastado”.