Não há volta a dar: o Chega é um partido grande em Portugal

Bem tentaram os comentadores, os adversários políticos, a esquerda inflamada, a direita doce como o algodão, redes sociais, parte substancial dos jornalistas, peças escritas e publicadas, denegrir André Ventura e o Partido Chega. Deles disseram tudo e o seu contrário. Foram lidas e ouvidas as mais inflamadas e vis acusações, as mais inusitadas suspeições, a maior campanha que procurou, por todos os meios e formas, denegrir, manchar, enlamear o bom nome do Presidente do partido e do próprio partido, com a abusiva utilização de chavões e ofensas.
Mas, azar dos Távoras, todos, todas, todes (perdoe-se a ironia), saíram estrondosa e copiosamente derrotados.
E tal derrota deve-se unicamente ao povo, ao voto popular.

Aqui chegados, é bom notar um facto que, na aparência, terá passado despercebido: se a abstenção diminuiu, deve-se ao Chega.
As pessoas estão cansadas do sistema, dos partidos do sistema, das políticas enfadonhas e similares que socialistas e sociais-democratas apresentam ao eleitorado há 50 anos. Mas nunca os portugueses haviam tido uma verdadeira alternativa. Habituados à alternância, puderam agora, nas urnas, dar corpo e voz à maior evolução política de Portugal desde 2019, ano da fundação do partido.

O Chega – apesar de inúmeras tentativas dos comentadores e jornalistas – nunca foi nem será o PRD, um epifenómeno que surgiu e desapareceu com a mesma celeridade. Não, o Chega entrou na sala dos grandes e o seu voto não é somente de protesto, antes estrutural.
Por detrás de cada voto está uma relação de similitude com os militantes do partido, que se compreende com elevada clareza. O habitual abstencionista saiu do sofá e votou no Chega por estar cansado dos prejuízos que a alternância PS / PSD trouxeram ao país; e nós, com ele.

Quem nunca votara no Chega fê-lo por ter compreendido da necessidade de dar um murro na mesa na luta contra a corrupção, o nepotismo, o amiguismo, os favores; e nós, com eles.

Quem reiterou o voto no Chega, fê-lo por convicção e na certeza de que as políticas apresentadas por André Ventura são as mais necessárias e urgentes para um país justo e próspero, onde radique o rigor e erradique-se o socialismo, onde as doutrinas sejam depuradas e as nocivas desarreigadas, onde o povo não subsista na miséria e prospere.

Na verdade, quando se vota, materializa-se a vontade de dar crédito e confiança ao partido que mais nos representa. Sim, o Chega representa mais de um milhão de portugueses que estão cansados da miséria, da inoperância, da estagnação, da estigmatização, do conluio, da relativização.

Assumo com seriedade o futuro do país. Preocupo-me e desiludo-me com o status quo estanque de uma cultura tacanha e obsoleta que não almeja patamares maiores para Portugal e para a vida dos portugueses comuns. Temos problemas estruturais e outros conjunturais. Todos, sem exceção, merecem uma resposta cabal e tempestiva. Mas importa que além da célere resolução, se projete o futuro. Essa projeção que não abdico tenderá a considerar a prosperidade individual e coletiva como meta inequívoca, na senda industrial, salarial, cultural, nos setores relacionados com as pescas e agricultura, nas empresas (independentemente da sua dimensão), nos empresários, nas famílias, nas escolas, nas universidades, na emigração (nomeadamente dos nossos jovens) e na imigração, entre outras.

Mas tal desiderato só é alcançável com proatividade política, ambição desmedida e amor à pátria. Ninguém que não ame o país fará além do que foi feito. Mas quem muito ama o país e o povo português suprirá as deficiências, dificuldades, barreiras e forças contrárias.

É o nosso tempo e de André Ventura.

Não há volta a dar: o Chega é um partido grande em Portugal. E será ainda maior.

Aqui chegados, não são 11 deputados a ladear André Ventura. Serão 49 (as indicações sobre o voto da emigração são manifestamente entusiasmantes) no hemiciclo e mais de um milhão fora dele.

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