Ventura considera “estranho” que ex-ministra não soubesse de nada

O presidente do CHEGA considerou hoje "estranho" que a ex-ministra da Saúde e cabeça de lista do PS, Marta Temido, não soubesse de nada sobre o caso das gémeas, e acusou os socialistas de tentarem "abafar esta investigação".

© Folha Nacional

“Marta Temido era ministra da Saúde na altura, este era o seu secretário de Estado, e portanto é pouco crível que alguém contorne a lei, marque uma consulta desta importância e dimensão, envolvendo um custo para o horário público de cerca de 4 milhões de euros, sem que a ministra pergunte o que é isto”, afirmou.

André Ventura falava aos jornalistas antes de uma arruada na Póvoa de Varzim, distrito do Porto, e comentava as buscas feitas hoje no âmbito do caso das gémeas e a constituição como arguido do antigo secretário de Estado António Lacerda Sales.

“Estranho é que a ex-ministra não saiba de nada e mesmo, curiosamente, ouvi perguntas vossas sobre se ela teria falado com Lacerda Sales, e ela disse que `não, liguei-lhe no outro dia para lhe dar os parabéns, porque fazia anos´”, criticou.

O líder do CHEGA disse que “tivesse um secretário de Estado que fosse suspeito de desviar, entre aspas, 4 milhões de euros para favorecer alguém”, quereria saber se isso “tem algum fundo de verdade” e que se teve alguma intervenção.

“Tudo isto mostra como o PS está, de forma cúmplice, a tentar abafar esta investigação e a tentar proteger algumas das pessoas”, acusou.

A ex-ministra da Saúde Marta Temido reiterou hoje que não teve “nada a ver” com o caso das gémeas, assegurando que confia na justiça e escusando-se a comentar os `timings´ das buscas.

André Ventura considerou também que é necessário perceber se se trata de “um caso isolado ou se há aqui, agora ou no passado, um polvo de influência permanente que levou a negócios deste tipo no Estado durante os últimos anos”.

O presidente do CHEGA voltou também a apelar ao Presidente da República que preste esclarecimentos à comissão parlamentar de inquérito que o seu partido forçou, considerando que Marcelo Rebelo de Sousa “ganhará, ele e o país, em antecipar-se a dar explicações sobre isto”.

“Nós já tivemos um Governo que caiu por força de corrupção, acho que ninguém gostaria de ver agora um Presidente da República envolvido numa situação que nasce muito porque ele próprio decidiu não dar esclarecimentos. E, portanto, à luz dos acontecimentos de hoje, com crimes tão graves em cima da mesa, eu voltava a pedir a Marcelo Rebelo de Sousa que não deixe de dar os esclarecimentos que tem que dar, ele, eventualmente o seu filho, quem está envolvido nisto”, apelou.

Ventura considerou que a Assembleia da República “não vai atrapalhar a investigação da PJ, nem do Ministério Público, fará uma investigação paralela, eventualmente até contribuirá para essa investigação, e naturalmente terá que respeitar os trâmites, os prazos e etc”.

Últimas de Política Nacional

O Presidente do CHEGA disse hoje que tem recebido denúncias de que os boletins de voto não estão a chegar aos portugueses que votam no estrangeiro e pediu à Comissão Nacional de Eleições (CNE) que esclareça esta questão.
O presidente do CHEGA, André Ventura, condenou hoje o incidente em que o líder da IL foi atingido com pó verde e considerou que quem o fez prestou "um péssimo serviço à democracia".
O presidente do CHEGA, André Ventura, agradeceu hoje aos polícias que têm acompanhado as ações de rua do partido no âmbito da campanha eleitoral às legislativas de 18 de maio.
O líder do CHEGA chegou hoje ao almoço-comício em Castelo Branco de mota, no lugar do pendura, afirmou que o partido quer vencer as eleições de dia 18 e conduzir os destinos do país.
O Presidente da República apelou hoje ao voto, lembrando que nos próximos 12 meses não pode haver eleições, e disse considerar que o número de pessoas a votar antecipadamente é um sinal de que a abstenção poderá baixar.
O presidente do CHEGA, André Ventura, considerou no sábado que "o sistema tem medo" de uma vitória do seu partido e afirmou que seria um governante "autoritário em alguns casos", prometendo "um governo completamente diferente".
O líder do CHEGA, André Ventura, disse hoje que tem recebido ameaças de morte, mas indicou que não mudará "um milímetro" da campanha, e não vai apresentar queixa ou reforçar a sua segurança privada.
A campanha do CHEGA viveu hoje um novo momento de tensão entre a comitiva e elementos da comunidade cigana, em Viana do Castelo, pelo terceiro dia consecutivo, com troca de insultos de parte a parte.
O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa recusou o pedido de Luís Montenegro para a retirada dos cartazes do CHEGA em que o primeiro-ministro aparece ao lado do ex-chefe do Governo socialista José Sócrates associado ao tema da corrupção.
O cabeça de lista do CHEGA pelo círculo de Braga, Filipe Melo, criticou hoje os "partidos híbridos, que ninguém percebe o que são", e disse querer "acabar com o socialismo" e eleger mais deputados pelo distrito.