Tribunal da UE diz que Bruxelas errou ao negar acesso a cláusulas de contratos de vacinas contra a pandemia da covid-19

O Tribunal Geral da União Europeia (UE) considerou hoje que a Comissão Europeia errou ao restringir o acesso público a certos pormenores e cláusulas dos contratos de aquisição de vacinas contra a pandemia da covid-19.

©D.R.

Segundo um comunicado do tribunal, em dois acórdãos hoje proferidos considera-se que “esta infração diz nomeadamente respeito às estipulações destes contratos relativas à indemnização e às declarações de inexistência de conflito de interesses dos membros da equipa de negociação para a aquisição das vacinas” para a covid-19.

Em 2021, deputados ao Parlamento Europeu e queixosos particulares pediram, ao abrigo do Regulamento relativo ao acesso aos documentos, acesso aos contratos e a certos documentos conexos para compreender os respetivos termos e condições, bem como para se certificarem de que o interesse público estava protegido.

Os juízes afirmam que Bruxelas não deu uma informação suficientemente ampla ao público.

Nos acórdãos de hoje, o Tribunal Geral dá “provimento parcial aos dois recursos e anula as decisões da Comissão na parte em que contêm irregularidades”.

No comunicado, os juízes afirmam que não foi demonstrado que um acesso mais amplo às cláusulas dos contratos relativas à indemnização das empresas farmacêuticas a pagar aos Estados-Membros por eventuais danos em caso de defeito das vacinas prejudicaria os interesses comerciais destas empresas.

Do mesmo modo, refere o texto, “a Comissão não forneceu explicações suficientes que permitam saber de que modo o acesso às definições de “conduta dolosa” e de “todos os esforços razoáveis possíveis” em determinados contratos e às estipulações dos contratos relativas às doações e às revendas das vacinas poderia prejudicar concreta e efetivamente esses interesses comerciais”.

Últimas de Política Internacional

A Alemanha iniciou hoje o reforço de todas as fronteiras terrestres, cumprindo as novas medidas do Governo de Olaf Scholz para reduzir a chegada de imigrantes e conter "eventuais riscos de supostos extremistas islâmicos".
O comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, demitiu-se hoje do cargo após a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ter alegadamente pedido que França propusesse outro candidato no novo mandato, e criticou a sua “liderança questionável”.
Donald Trump encontra-se em segurança, informou hoje a sua campanha e os serviços secretos norte-americanos, na sequência do registo de tiros nas imediações do seu campo de golfe, em West Palm Beach, na Florida.
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, qualificou hoje o regime venezuelano de Nicolás Maduro de ditatorial, aludindo às detenções arbitrárias e à fuga do líder da oposição, Edmundo González Urrutia.
O primeiro-ministro da Austrália criticou hoje o proprietário da multinacional X por ter chamado "fascista" ao seu governo, depois de este anunciar uma proposta de lei para que as redes sociais paguem multas se não controlarem a desinformação.
A presidente da Comissão Europeia deverá apresentar na terça-feira, à margem da sessão do Parlamento Europeu em Estrasburgo, a composição e distribuição das pastas do próximo executivo, enquanto o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, vai discursar perante os eurodeputados.
O ex-presidente e candidato republicano Donald Trump prometeu hoje deportar imigrantes em massa se for reeleito, a começar numa cidade do Ohio onde alega que migrantes do Haiti estão a destruir o modo de vida.
O primeiro-ministro francês, Michel Barnier, prometeu hoje nomear um Governo "na próxima semana", indicando que continua a reunir-se com os partidos políticos e grupos parlamentares desde a sua chegada ao cargo no Matignon.
O candidato presidencial republicano, Donald Trump, classificou na terça-feira a vice-presidente e a sua adversária democrata, Kamala Harris, de “marxista” e acusou-a de não ter planos económicos próprios, copiando políticas do atual Presidente, Joe Biden.

O Governo alemão decidiu tomar medidas e anunciou que vai retomar o controlo de todas as suas fronteiras, confirmou uma fonte do governo à agência Reuters. A decisão das autoridades, de apertar as restrições à imigração ilegal e aos pedidos de asilo, ocorreu após um ataque terrorista, em Solingen, na Alemanha. O autor do ataque […]