Fosso entre rendimentos do trabalho e rendimentos do capital agrava-se

O fosso entre os rendimentos do trabalho e os rendimentos do capital agravou-se nas últimas décadas, advertiu hoje a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

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Um novo relatório da OIT mostra que a quota-parte do rendimento do trabalho no rendimento global caiu 1,6 pontos percentuais desde 2004 e 0,6 pontos percentuais desde 2019.

“Embora a queda pareça modesta em termos de pontos percentuais, representa uma redução de 2.400 milhões de dólares (cerca de 2.171 milhões de euros) apenas em 2024” para os trabalhadores, segundo a OIT.

O estudo refere também que a pandemia de covid-19 foi um fator determinante para esta redução, representando quase 40% da queda dos rendimentos do trabalho durante os anos de pandemia, de 2020 a 2022.

Esta crise agravou as desigualdades existentes, uma vez que se verificou um aumento da concentração dos rendimentos do capital, o que favoreceu os mais ricos, salienta o relatório.

A diretora-geral adjunta da OIT, Celeste Drake, citada num comunicado, afirma que “os países têm de agir para contrariar o declínio da parte do rendimento obtido através do trabalho”.

“Precisamos de políticas que promovam uma distribuição justa dos benefícios económicos, incluindo a liberdade de associação, a negociação coletiva e uma gestão do trabalho eficaz para alcançar um crescimento inclusivo e abrir caminho para um desenvolvimento sustentável para todos”, acrescentou.

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