O suspeito, de 24 anos, não tem antecedentes criminais e foi libertado da custódia da polícia, tendo sido levado na manhã de quinta-feira para a enfermaria psiquiátrica da Prefeitura de Polícia (I3P), segundo a Procuradoria.
O inquérito, que inicialmente foi aberto como “homicídio involuntário”, “homicídio culposo do condutor” e “colocação em perigo”, foi reclassificado como homicídio e tentativa de homicídio e entregue à Brigada Criminal.
“Esta reclassificação dos factos foi feita tendo em conta as declarações do arguido em prisão preventiva, que sugerem que o ato pode ter sido intencional”, explicou a Procuradoria de Paris.
Pelo menos uma pessoa morreu e seis ficaram feridas, três das quais em estado grave na noite de quarta-feira no desastre que se deu pelas 19h30 locais (18h30 em Lisboa) na esplanada do café Le Ramus, no 20.º bairro de Paris.
Segundo o jornal Le Parisien, o condutor, que fugiu após o embate antes de ser detido pela polícia, tem nacionalidade francesa e é oriundo da região de Paris.
A Procuradoria local adiantou ainda que estão a decorrer investigações para determinar se o teste de álcool e drogas do suspeito deu positivo.
“As investigações sobre a eventual presença de um passageiro e sobre a toxicologia da pessoa envolvida prosseguem”, informou.
Um jornalista da agência noticiosa AFP constatou hoje que já não havia barreiras de fita adesiva da polícia em frente ao café.
Um grande impacto era ainda visível numa das portas de vidro da entrada do estabelecimento, onde foram depositados três ramos de rosas no chão.
Este drama, “que diz respeito a todos os habitantes do 20º bairro”, suscitou uma grande emoção, “numa altura em que as pessoas estavam a passar o verão, a poucos dias dos Jogos Olímpicos”, disse ao Le Parisien o autarca do 20º bairro de Paris Vincent Goulin.