G7 condena exportação de mísseis iranianos para a Rússia

Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países membros do G7 condenaram, numa declaração conjunta, a exportação de mísseis balísticos iranianos para a Rússia.

© Facebook U.S. Department of State

 

“Nós, os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 [Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos] e o Alto Representante da União Europeia condenamos com a maior veemência possível a exportação do Irão e a aquisição pela Rússia de mísseis balísticos iranianos”, de acordo com uma carta divulgada no sábado.

Os signatários alertaram que o desprezo das autoridades iranianas neste contexto “representa uma nova escalada do apoio militar iraniano à guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia”, afirmando que “a Rússia utilizou armamento iraniano (…) para matar civis ucranianos e atacar as infraestruturas críticas”.

O grupo dos sete países mais industrializados do mundo reiterou que “a agressão da Rússia constitui uma violação flagrante do direito internacional” e instou o Irão a “cessar imediatamente todo o apoio à guerra ilegal e injustificável da Rússia contra a Ucrânia e a interromper essas transferências de mísseis balísticos, veículos aéreos não tripulados e tecnologia conexa, que constituem uma ameaça direta ao povo ucraniano, bem como à segurança europeia e internacional em geral”.

Os ministros comprometeram-se a “responsabilizar Teerão” e a responder “com novas medidas significativas”.

A declaração conjunta surgiu depois de a Alta Representante da ONU para os Assuntos de Desarmamento, Izumi Nakamitsu, ter manifestado na sexta-feira “profunda preocupação” com a contínua transferência de armas e munições para a Ucrânia e para a Rússia, em violação do direito internacional, e apelado “a todos” os Estados para aderirem aos tratados de desarmamento.

Desde a invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, mais de 11.700 civis foram mortos e mais de 24.600 ficaram feridos na Ucrânia, de acordo com os dados recolhidos pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Agosto passado foi o segundo mês com o maior número de vítimas civis até agora em 2024, com pelo menos 184 civis mortos e 856 feridos na Ucrânia.

Últimas do Mundo

Os aviões Boeing 737 Max recusados por companhias aéreas chinesas já começaram a voar de regresso aos Estados Unidos, num momento em que se agrava a guerra comercial entre as duas maiores economias mundiais.
O Presidente norte-americano, Donald Trump anunciou esta sexta-feira estar em curso uma revisão profunda do sistema da função pública, que lhe dará poder para contratar e despedir diretamente até 50.000 empregos reservados a funcionários federais de carreira.
A polícia antiterrorismo italiana anunciou hoje a detenção de um cidadão tunisino suspeito de ter ligações ao grupo Estado Islâmico (EI) e que, segundo as autoridades, planeava um atentado em Itália.
Duas pessoas morreram e seis ficaram feridas num tiroteio na Universidade da Florida e o atirador, já detido, é um estudante da universidade, segundo o chefe da polícia da universidade, Jason Trumbower.
A polícia turca deteve 525 suspeitos de tráfico de droga durante a madrugada de hoje em Ancara, no que o ministro do Interior, Ali Yerlikaya, disse ser a "maior operação de narcóticos" realizada na Turquia.
Um adolescente sueco foi acusado na Austrália de utilizar aplicações (app) de comunicação encriptadas para facilitar assassinatos por encomenda na Suécia e na Dinamarca, anunciaram hoje as polícias dos três países.
O Tribunal Supremo do Reino Unido decidiu hoje que a definição de mulher na legislação britânica sobre a igualdade de género deve ser baseada no sexo biológico, excluindo mulheres transgénero.
A Presidente do México, Claudia Sheinbaum, indicou hoje que o seu Governo está a preparar-se para receber os cidadãos regressados dos Estados Unidos, após a decisão do homólogo norte-americano, Donald Trump, de aumentar as deportações.
O número de novos pedidos de asilo apresentados na União Europeia (UE) fixou-se em janeiro nos 66.800, com os venezuelanos a ultrapassarem os sírios, que ocupavam o primeiro lugar desde maio de 2022, divulgou hoje o Eurostat.
O ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro (2019-2022) encontra-se em estado estável na unidade de cuidados intensivos, após ter sido submetido a uma cirurgia que durou 12 horas, divulgou este domingo o Hospital de Brasília, onde está internado.