Empresa na Póvoa de Varzim comercializava gomas, bolachas e até bebidas feitas com droga

Esta empresa anunciava, através da Internet, a venda de produtos à base de canábis, mas sem a substância psicoativa proibida por lei que causa alucinações, conhecida como THC.

© D.R.

Uma empresa situada numa zona residencial na freguesia de A Ver-o-Mar, na Póvoa de Varzim, comercializava gomas, bolachas e até bebidas feitas com droga, desde o mês de setembro. As guias das caixas descreviam outros materiais para iludir a fiscalização, segundo apurou o Jornal de Notícias (JN).

Os colaboradores da empresa doseavam a droga, embalavam-na em pequenos sacos e, nalguns casos, transformavam-na em gomas ou bolachas. Em seguida, estes produtos eram promovidos nas redes sociais e sites da Internet como produtos sem THC – substância psicoativa proibida por lei que causa alucinações –, ou seja, de comercialização legal.

Note-se que em Portugal, a venda de produtos à base de canábis é permitida desde que não tenha THC, o que permitiu que estes produtos fossem vendidos.

Contudo, a PJ descobriu que os produtos “legais” eram, na realidade, droga. “Após intercetar uma encomenda suspeita [num entreposto postal], veio a remeter o produto para análise pericial do Laboratório de Polícia Científica da PJ, vindo a verificar-se que se tratava de produto estupefaciente ilegal”, pode-se ler no comunicado a que o JN teve acesso.

A PJ efetuou uma busca ao armazém da empresa e apreendeu mais de cem quilos de canábis herbácea e cerca de 30 quilos de haxixe (pasta feita à base da resina da canábis). Deteve ainda três homens (dois argelinos e um francês) e uma portuguesa. Os dois franceses fundadores da empresa continuam a monte.

 

Últimas do País

Victor Hugo Salgado é alvo, pela segunda vez, de um inquérito por violência doméstica, desta vez envolvendo o filho de dez anos. O primeiro processo dizia respeito a suspeitas de agressão à mulher.
O Tribunal de São João Novo, no Porto, começou hoje a julgar nove arguidos por dezenas de crimes de burlas através da utilização de informações das operadoras de telecomunicações, sendo que a "mentora e principal autora" admitiu parte dos factos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou hoje que 5% da população portuguesa vive sem água potável segura e 7% sem saneamento seguro, alertando que essas falhas são responsáveis por 18% das mortes por diarreia.
O Serviço Nacional de Saúde precisava de mais de 14.287 profissionais para substituir as cerca de 20 milhões de horas de trabalho complementar realizadas em 2022, o que representaria um acréscimo de 10% da sua força de trabalho.
A Transparência Internacional Portugal considerou hoje que as suspeitas de corrupção no combate a incêndios representam "um sério atentado à integridade da contratação pública" na Defesa, alertando para os riscos da criação de uma via verde no setor.
A Polícia Marítima está hoje de manhã a realizar uma operação de fiscalização à pesca da sardinha em várias zonas do país, incluindo na doca de pesca de Matosinhos, disse à Lusa fonte da Autoridade Marítima Nacional (AMN).
A Comissão de Utentes dos Transportes Públicos do Seixal pediu uma reunião de urgência com a administração da Transtejo Soflusa, face ao “sistemático incumprimento de horários e de ligações suprimidas nas ligações fluviais entre o Seixal e Lisboa”.
Um homem de 22 anos e uma jovem de 16 anos foram detidos por suspeita de estarem envolvidos no atropelamento de um polícia, segunda-feira, após desobedecerem à ordem de paragem na Ponte 25 de Abril, informou hoje a PSP.
Os dois detidos em prisão preventiva por suspeitas de incendiarem um autocarro nos tumultos após a morte de Odair Moniz foram libertados a pedido do Ministério Público, que mantém o caso em segredo de justiça e em investigação.
O reagrupamento familiar vai contribuir para um novo aumento de imigrantes em Portugal, avisou hoje o governo português e a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), com o ministro da Presidência a defender "moderação".