“Agora há a questão especial do Governo dos Estados Unidos, que diz que vai haver mais deportações, por isso precisamos de ter tudo o que for necessário para poder receber os nossos concidadãos e também para lhes dar todo o apoio que temos nos consulados”, declarou Sheinbaum na sua conferência de imprensa matinal, citada pelo diário norte-americano The Washington Post.
A chefe de Estado mexicana anunciou ter dado instruções para que se mantenham em funcionamento os dez centros de atendimento nos estados fronteiriços do norte do país para ajudar os nacionais deportados dos Estados Unidos, perante a probabilidade de Trump cumprir o seu objetivo de expulsar um milhão de pessoas este ano.
Segundo publicado no fim de semana pelo The Washington Post, Donald Trump pretende deportar esse número de pessoas, o que representa mais do dobro do recorde de 400.000 deportações realizadas em 2011 pelo Governo do então Presidente norte-americano, Barack Obama (2009-2017).
O endurecimento da política migratória é uma das medidas a que Trump mais tem dado ênfase desde que iniciou o seu segundo mandato presidencial (2025-2029), a 20 de janeiro deste ano, depois de na campanha eleitoral ter prometido deportar “milhões” de pessoas.
O México recebeu mais de 24 mil deportados nas primeiras oito semanas desta nova presidência de Trump, entre os quais 4.567 estrangeiros, segundo a última atualização de Sheinbaum, que prometeu apoio aos que decidirem ficar no país.