Governo francês defende agravamento de penas após novos distúrbios em Paris

O ministro da Justiça francês lamentou hoje que as penas impostas a alguns dos detidos pelos graves distúrbios em Paris após a conquista do PSG da Liga dos Campeões "já não sejam proporcionais à violência” que o país vive.

© D.R.

“Algumas das sentenças, em particularmente (em relação) a atos contra a polícia e por destruição de propriedade, já não são proporcionais à violência que o nosso país está a enfrentar”, disse Gérald Darmanin, numa mensagem na rede social X, referindo-se aos distúrbios do passado fim de semana na capital francesa após a conquista do clube de futebol Paris Saint-Germain (PSG) da competição desportiva.

Como tal, Darmanin defendeu que “a lei deve mudar radicalmente”, dando o exemplo da abolição das penas suspensas, em concreto as que foram impostas a alguns dos detidos que foram julgados na segunda-feira pelos “graves incidentes de ordem pública” e “reiterados distúrbios”.

O ministro argumentou que os juízes – nos quais manifestou a sua total confiança – devem ter as ferramentas necessárias para poderem, “em circunstâncias difíceis”, julgar estes acontecimentos “com firmeza e simplicidade”.

Entre as propostas apresentadas pelo ministro está uma pena mínima de três meses de prisão (a cumprir efetivamente) para qualquer agressão a um representante do Estado, ou uma multa elevadíssima pela destruição de espaço público, uma vez reconhecida a culpa do arguido.

“Estas propostas, que devemos implementar rapidamente, garantem a independência dos juízes, que todos devemos proteger, e a firmeza e o bom senso essenciais desejados pelos nossos concidadãos”, concluiu o responsável pela pasta da Justiça em França.

Quase 80 pessoas foram detidas no domingo em Paris durante os festejos da conquista da Liga dos Campeões de futebol pelo PSG, frente ao Inter Milão (5-0).

Os festejos do inédito triunfo do PSG na ‘Champions’ ficaram ainda marcados pelas mortes de um jovem de 17 anos, esfaqueado em Dax, e de uma pessoa de 20 anos em Paris.

Últimas de Política Internacional

O Parlamento Europeu (PE) adotou hoje legislação que facilita a retirada do direito de viajar sem visto para a União Europeia (UE) a partir de países que apresentem riscos de segurança ou violem os direitos humanos.
A Comissão Europeia disse hoje apoiar o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para acabar com o conflito em Gaza, quando se assinalam dois anos da guerra e negociações indiretas estão previstas no Egito entre Israel e o Hamas.
O primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, apresentou hoje a sua demissão ao Presidente, Emmanuel Macron, que a aceitou, anunciou o Palácio do Eliseu num comunicado, mergulhando a França num novo impasse político.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, vai encontrar-se com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ao início da tarde, em Copenhaga, na Dinamarca, para uma reunião bilateral.
A presidente da Comissão Europeia saudou hoje o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para terminar com a guerra em Gaza e que já tem aval israelita, indicando que a União Europeia (UE) “está pronta para contribuir”.
O partido pró-europeu PAS, da Presidente Maia Sandu, venceu as eleições legislativas na Moldova com mais de 50% dos votos, e deverá manter a maioria absoluta no Parlamento, segundo resultados oficiais após a contagem de 99,52% dos votos.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, questionou hoje a utilidade das Nações Unidas, acusando a organização de não o ter ajudado nos esforços para resolver os conflitos no mundo, e criticou o reconhecimento da Palestina.
Os Estados Unidos impuseram hoje a Lei Magnitsky à mulher do juiz brasileiro Alexandre de Moraes e ainda à empresa da qual Viviane Barci e os filhos são sócios.
A NATO vai reforçar a vigilância e segurança no flanco leste da Aliança Atlântica, depois do incidente em que drones russos entraram no espaço aéreo da Polónia, anunciou hoje a organização.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, homenageou hoje, numa cerimónia solene no Pentágono, as vítimas dos atentados de 11 de Setembro de 2001 em Nova Iorque e Washington, que causaram cerca de 3.000 mortos.