Alunos continuam sem saber notas dos exames do 9.º ano

Os alunos do 9.º ano continuam hoje sem saber as suas notas nos exames de Matemática e Português, informação que ainda não chegou às escolas, faltando apenas dois dias para começar a 2.º fase, alerta a associação de diretores.

©D.R.

Às 11h45, as escolas continuavam a aguardar a chegada dos resultados das provas nacionais do ensino básico de Matemática e Português, que deveriam ter sido divulgadas na terça-feira.

O ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) justificou o atraso apontando “dificuldades técnicas” na correção das provas feitas em formato digital, garantindo que as notas são conhecidas hoje.

“Está quase a terminar o prazo para os alunos se inscreverem para a 2.º fase e ainda não chegaram os resultados às escolas”, lamentou Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE) e diretor emérito da escola Agrupamento de Escolas General Serpa Pinto, em Cinfães.

Na sua escola cerca de 100 alunos realizaram as provas e, segundo uma estimativa de Manuel Pereira, os professores irão precisar de duas horas para conseguir afixar as pautas, desde o momento, em que recebam os resultados.

A nota dos exames tem um peso de 30% na nota final e será preciso fazer contas, podendo haver casos em que os alunos ficam retidos, uma vez que ninguém pode transitar para o 10.º ano com negativa às duas disciplinas.

Caso os alunos chumbem, poderão sempre inscrever-se na 2.º fase, mas o prazo de inscrição também está a chegar ao fim e a data das novas provas está próxima: Na sexta-feira realiza-se a de Português e na próxima terça-feira, dia 22 de julho, a de Matemática.

As famílias de todo o país continuam a aguardar pelos resultados. Numa escola da zona de Loures uma professora contou à Lusa que estavam à espera que as notas “chegassem de manhã cedo”, mas até ao momento continuam sem receber quaisquer informações dos serviços do ministério da Educação.

A este problema soma-se um outro caso ocorrido em 15 escolas, onde os encarregados de educação e as próprias escolas reportaram problemas durante a realização da prova de Matemática, tendo o Júri Nacional de Exames decidido dar “a possibilidade de os encarregados de educação escolherem pela validação da prova realizada, sem conhecimento da classificação, ou, em opção, anular a prova da 1.ª fase e realizar a prova na 2.ª fase como se da primeira fase se tratasse”, explicou o gabinete do ministério da Educação.

O ministério da Educação não esclareceu contudo quantos alunos estão nesta situação, quais as escolas onde ocorreram estes problemas e em concreto quais os problemas reportados que justifiquem esta opção.

A Lusa questionou também se as notas dos restantes alunos serão divulgadas antes deste caso estar resolvido, mas não obteve qualquer resposta.

Para Manuel Pereira, a forma como o assunto está a ser comunicado “descredibiliza o sistema e todo o processo, porque não se consegue perceber muito bem o que aconteceu”.

O presidente da ANDE diz que “quando as situações não são explicadas, as pessoas podem pensar em tudo. Em educação, a transparência é a melhor solução sempre e se essa confiança se quebra é mau para as famílias, para os alunos e para todo o sistema”.

“As pessoas sempre sentiram que os exames eram fiáveis e de confiança, mas estes problemas quebram a credibilidade. Além disso, não se sabe quais as razões que levaram a tomar decisões deste género, mas têm de ser razões muito fortes em termos de equidade que justifiquem isso”, defendeu Manuel Pereira, considerando que as poucas informações divulgadas até agora são “todas muito estranhas e não fazem sentido”.

Últimas do País

O responsável pela Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras da PSP estimou que “largas dezenas de milhares” de imigrantes vivam no país em situação irregular e manifestou preocupação com as recentes redes detetadas nos aeroportos, sobretudo envolvendo cidadãos lusófonos.
O responsável pela Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras (UNEF) da PSP avançou que estão a ser sinalizados mais casos de tráfico de seres humanos em Portugal para exploração laboral e sexual e "importação de crianças para adoção".
Três concelhos dos distritos da Guarda e de Coimbra estão hoje em risco máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
A prisão de Lisboa, a maior do país, com cerca de mil reclusos, enfrenta um cenário de elevada tensão. A paralisação dos guardas prisionais, iniciada na quarta-feira, está a gerar revolta entre os detidos, que se encontram privados de visitas, da entrega de alimentos e de roupa lavada.
Cerca de 1,8 milhões de pessoas em Portugal viviam em agregados familiares com um rendimento mensal inferior a 632 euros por adulto equivalente, em 2023. Entre os diferentes grupos etários analisados, os idosos foram os mais afetados pelo agravamento da pobreza, com a taxa de risco a aumentar de 17,1% em 2022 para 21,1% em 2023.
O jovem de 23 anos suspeito de ter esfaqueado mortalmente um turista norte-americano na madrugada de quarta-feira, em Cascais, ficou esta sexta-feira em prisão preventiva.
A Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal está a investigar uma denúncia apresentada por uma jovem de 20 anos que afirma ter sido sequestrada por três homens, de quem aceitou boleia na Amadora.
A comunidade indiana tornou-se, este ano, a segunda mais numerosa em Portugal, totalizando 98.616 cidadãos. Até então, esse lugar era ocupado por Angola, que agora ocupa a terceira posição, com 92.348 residentes.
O presidente do Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP/PSP) disse que a manifestação de hoje é o início de vários protestos que os polícias vão realizar "até deixarem de ser discriminados", estando marcado para as próximas semanas outras iniciativas.
A Provedoria de Justiça contesta a fórmula de cálculo usada pelo Instituto da Segurança Social (ISS) para fixar pensões unificadas, considerando que limita “injustamente” o acesso e valor destas prestações, em prejuízo dos cidadãos