Agosto é um mês sagrado, para alguns significa praia e sardinha assada. Para o Ministério da Saúde, é fechar maternidades e urgências, e esperar que os doentes não morram. O Diretor Executivo do SNS parece ter encontrado a solução para a crise na saúde: férias! Afinal, se não há médicos nem enfermeiros no SNS, também não há diretores. Coerência acima de tudo!
Enquanto os cidadãos lutam por ter um serviço de urgência aberto, o Ministério ensaia a sua própria escapadinha. Encerram-se maternidades “temporariamente”, fecham-se urgências como quem fecha o chapéu-de-sol ao fim do dia, e redistribuem-se médicos. Tudo em nome da “gestão de recursos”, essa expressão poética que significa: “aguenta, se conseguires.”
A diferença entre nós (CHEGA) e o Ministério da saúde? Quando regressamos de férias, voltamos em força ao trabalho. Já o Ministério volta só para suspirar “não há recursos” e marcar novas férias!
Temos um SNS a definhar como peixe ao sol.
Talvez devêssemos aceitar a metáfora até ao fim… Se o Ministério da Saúde está de férias, façamos como eles: levemos os doentes para a praia, instalemos as macas à beira-mar e ponhamos os enfermeiros a distribuir caipirinhas… pelo menos assim, morreríamos bronzeados.