Portugal a arder – um flagelo que podemos travar?

Chegou mais um “querido” mês de Agosto e Portugal arde sem parar. Hectares e hectares de floresta, casas ardidas, famílias desalojadas e desoladas, bombeiros sem meios, populações e sociedade civil a combater os fogos e a reunir alimentos para ajudar os Soldados da Paz que colocam em risco a sua vida por pouco mais de €3/hora.

Antes de ser Primeiro-Ministro pela segunda vez, Luis Montenegro foi deputado e líder da bancada parlamentar do PSD e antes de ser líder do PS, José Luis Carneiro assumiu a pasta do MAI, aquela que regula (ou deveria) entre outras coisas, o SIRESP -sistema disfuncional e multimilionário que deveria ajudar as Corporações de Bombeiros no combate aos incêndios mas que apenas atrapalha.

É de notar que há duas situações que se repetem ano após ano nas populações afectadas por este flagelo: quando o fogo assume maiores proporções a água falha bem como as comunicações que o SIRESP deveria assegurar.
Fora mais uma infinidade de questões que se levantam, estas duas parecem ser o cocktail perfeito para que o combate não seja rápido e eficaz. Alguns arriscariam dizer que esta conjugação é propositada.

Mas mais questões se podem levantar:
Porque não tem Portugal meios aéreos e de combate aos fogos que lhe ficariam mais baratos do que o aluguer dos Canadair que chegam a esta altura e nunca funcionam?
Porque há pilotos que metem licença sempre nesta altura e vão apagar os fogos nos Canadair ganhando um valor bastante simpático?
Porque é que quem conhece o terreno onde se desenvolvem os fogos não é ouvido no que respeita ao combate e à forma de o fazer?
Porque é que, sabendo Luis Montenegro das nomeações do PS para a Protecção Civil, não os retirou e não colocou gente capaz no seu lugar? Não sabia que as nomeações tinham sido feita? Não teve tempo nos seus dois Consulados?
Porque é que Luis Montenegro não afastou uma Ministra que é claramente impreparada para o cargo e incompetente a lidar com estas matérias?
Porque resolveu Luis Montenegro manter a reentre no Pontal em vez de se dedicar a ajudar e estar mais presente junto das populações?
E agora as perguntas que ninguém quer ver respondidas:
Porque é que Luis Montenegro não revogou a Lei que permite a comercialização de madeira queimada? Não sabia da sua existência quando foi no Governo de Passos Coelho, do qual Luis Montenegro foi líder parlamentar, que se aprovou a Lei que deixava de permitir o comércio de madeira queimada precisamente para que o negócio dos fogos não fosse tão rentável e que António Costa veio a revogar?
Quem ganha com a desertificação do Interior?
Porque é que o mapa dos fogos condiz com o mapa da exploração de lítio?
Onde é que a empresa chinesa que fez um contrato com o Estado português vai instalar uma extensão gigante de painéis solares?
Às mãos de quem, e com que fins, vão parar os terrenos ardidos?

Porque é que as vítimas podem aceder a uma compensação mísera de €10 mil euros se completarem todo o processo que na sua maioria são difíceis e complexos e os emigrantes portugueses que têm cá o seu património e pagam os seus impostos são excluídos porque “não se trata de primeira habitação”?
Mais questões haverá a colocar, das mais simples às mais complexas mas há uma de que não nos podemos esquecer:
Porque é que quem sempre esteve no Governo de Portugal e lidou com todas estas questões não quer uma Comissão de Inquérito mas quer uma Comissão Técnica que não tem valor de investigação e potencial valor legal caso algo seja apurado?
Porque vem Luis Marques Mendes, um candidato à Presidência da República, que não tem qualquer apoio popular, apoiar a Comissão técnica? Será que está a dizer aos portugueses que caso seja eleito ficará sempre ao lado do sistema?
Mais uma vez só André Ventura e o CHEGA se posicionaram.

Fizeram recolha de alimentos e bens essenciais para os Bombeiros que nem água tinham para beber, fizeram as perguntas incómodas falando abertamente da Máfia dos Fogos, querem avançar com uma CPI nem que seja potestativa nesta matéria, é o único que quer equiparar incendiários a terroristas e André Ventura foi o único que foi ao terreno, que falou com as populações e com os Bombeiros, que ouviu queixas e que percebeu os problemas que todos os envolvidas enfrentam nesta luta desigual onde as ignições se dão por mão humana ou drones durante a madrugada ao passo que nos tentam convencer que os reacendimentos são provocados por “alterações climáticas”.

Só o CHEGA e André Ventura são capazes de ter uma postura e uma visão diferentes. Só o CHEGA e André Ventura são capazes de travar esta luta, de chamar as coisas pelos nomes e de procurar soluções.
Este combate vai ter um novo capítulo que se iniciará a 12 de Outubro com a eleição das novas equipas para as Autárquias.
É por baixo que se começa, é fiscalizando Juntas e Câmaras através das Assembleias Municipais que podemos esperar, ou trabalhar, para que algo de facto mude.

Esta é a última oportunidade ao nível autárquico de termos mais portugueses do que imigrantes a votar em Portugal e não podemos de forma nenhuma desperdiçá-la porque cada vez mais é imperativo e urgente Salvar Portugal.

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