“No dia da operação, cinco suspeitos foram detidos, incluindo o alegado principal perpetrador por detrás do esquema”, refere, em comunicado, a Agência da União Europeia para a Cooperação Judiciária Penal (Eurojust), precisando que o suspeito terá, “através de uma plataforma de investimento ‘online'”, defraudado “mais de 100 vítimas na Alemanha, em França, em Itália e em Espanha, entre outros, em pelo 100 milhões de euros”.
Segundo o comunicado, o homem prometeria “retornos elevados em investimentos em diversas criptomoedas” através de plataformas aparentemente profissionais, com uma grande parte do dinheiro a ser branqueado com recurso a contas bancárias na Lituânia.
“Quando as vítimas tentavam recuperar os investimentos, era-lhes pedido que pagassem taxas adicionais, com o ‘site’ que foi usado para a fraude a desaparecer em seguida. Consequentemente, os investidores perderam a maioria ou em alguns casos todo o seu dinheiro”, explica o organismo.
No total, o esquema desenrolou-se em 23 países, entre locais para onde os fundos foram desviados e onde residem vítimas, e o principal detido é suspeito de fraude em larga escala e lavagem de dinheiro.
A coordenação da investigação pela Eurojust foi solicitada por Portugal e Espanha, dois dos países onde decorreram igualmente buscas.
Em Portugal, a ação contou com a participação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do Ministério Público, da Polícia Judiciária (PJ) e do Tribunal Central de Instrução Criminal.
A Lusa pediu esta manhã mais detalhes à PJ sobre a operação, incluindo a data que ocorreu, aguardando resposta.