A subida foi impulsionada pela valorização dos óleos de palma, colza, soja e girassol, influenciada por atrasos nas colheitas na região do Mar Negro e por novas regulamentações sobre biocombustíveis que estão a aumentar a procura mundial.
Em contraste, os restantes produtos alimentares monitorizados pela FAO registaram quedas de preço. O índice dos cereais recuou 1,3%, com descidas em todos os principais grãos, embora as reservas mundiais estejam a caminho de atingir um máximo histórico.
O preço da carne caiu 2%, refletindo fortes reduções nas carnes suína e de aves, enquanto a carne bovina manteve uma trajetória de subida, impulsionada pelas cotações mais altas na Austrália devido à procura internacional.
Os laticínios registaram uma descida mais acentuada, de 3,4%, com destaque para a queda da manteiga, resultado da ampla disponibilidade de exportações da União Europeia e da Nova Zelândia. Já o açúcar recuou 5,3%, atingindo o nível mais baixo desde dezembro de 2020, sustentado pela forte produção no Brasil e pelas previsões de colheitas superiores na Tailândia e na Índia.
Apesar das descidas generalizadas, a FAO prevê uma expansão da produção mundial de cereais em 2025, estimando um aumento de 4,4%, para um total de 2.990 milhões de toneladas, o que representará um novo recorde histórico.
A exceção dos óleos vegetais revela que, mesmo num contexto de arrefecimento dos preços alimentares globais, alguns setores continuam vulneráveis a fatores climáticos, políticos e energéticos, que podem reacender pressões inflacionistas nos próximos meses.