Parlamento russo aprova realização de eleições mesmo sob lei marcial

© D.R.

A câmara baixa do Parlamento russo aprovou hoje a realização de eleições durante a aplicação da lei marcial, seja em território nacional ou em zonas em “estado de guerra”, como nas regiões ucranianas invadidas e anexadas.

Assim, a Comissão Eleitoral Central pode convocar eleições ou referendos após a autorização do Ministério da Defesa e do Serviço Federal de Segurança.

A Duma, a câmara baixa do Parlamento, decidiu também sobre outras medidas a aplicar durante a vigência da lei marcial.

Em outubro de 2022, o Presidente russo, Vladimir Putin, decretou a lei marcial nas quatro regiões ucranianas anexadas por Moscovo no passado mês de setembro: Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia.

O principal argumento de Putin foi o de fazer frente à Ucrânia pela recusa do “reconhecimento da vontade das populações” dessas regiões que, de acordo com o Kremlin, expressaram o desejo de se unirem a Federação Russa em referendos que não foram aceites internacionalmente.

Vladimir Putin referiu também que Kiev enviou “grupos subversivos” para os territórios da Federação Russa para, disse, atentar contras as infraestruturas civis, como o que aconteceu na ponte da Crimeia, tendo criado unidades de defesa territorial nas várias regiões anexadas.

No final do passado mês de abril, o Kremlin anunciou que, apesar das “tentativas de ingerência do Ocidente”, a Rússia vai realizar eleições presidenciais em 2024, em que provavelmente Putin vai recandidatar-se.

“Ninguém duvide (…) que no quadro da operação militar especial (nome utilizado pelo regime para se referir à invasão da Ucrânia) a atual situação internacional, as pressões e as tentativas de ingerência vão multiplicar-se. As eleições vão realizar-se”, disse Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin em conferência de imprensa.

Da mesma forma, a presidente da Comissão Eleitoral Central, Ella Pamfilova, acusou o Ocidente, e em particular os Estados Unidos de tentarem prejudicar as eleições russas.

Últimas do Mundo

Carlos Monjardino, presidente da Fundação Oriente, considera que se assiste nos últimos anos, sobretudo desde a chegada de Xi Jinping à presidência chinesa, a "uma certa vontade de acelerar o processo" de 'reunificação' de Macau à China.
O presidente eleito Donald Trump escolheu Russell Thurlow Vought, um dos 'arquitetos' do programa governamental ultraconservador Projeto 2025, para chefiar o Gabinete de Gestão e Orçamento do futuro Governo.
Os Estados-membros das Nações Unidas (ONU) adotaram hoje por consenso uma resolução que visa dar início a negociações formais para a criação de uma convenção sobre crimes contra a humanidade.
Pelo menos quatro pessoas morreram e 33 ficaram feridas num ataque, atribuído a Israel, que destruiu um edifício no centro de Beirute, noticiaram esta manhã os meios de comunicação do Líbano.
O Governo do Laos disse hoje estar "profundamente entristecido" pela morte de seis turistas ocidentais, alegadamente após terem bebido álcool adulterado com metanol em Vang Vieng, uma cidade do noroeste do país, popular entre mochileiros.
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, reuniu-se com o próximo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na sexta-feira em Palm Beach, Florida, anunciou este sábado a porta-voz da Aliança Atlântica.
O presidente russo, Vladimir Putin, defendeu hoje que o uso de armas ocidentais pelas forças ucranianas para atingir o seu país transformou a guerra na Ucrânia num "conflito global" e admitiu atacar os aliados de Kiev envolvidos.
O Centro de Jornalistas do Afeganistão (AFJC, na sigla em inglês) acusou hoje o governo dos talibãs de ter imposto restrições graves aos meios de comunicação social no país através de decisões extralegais.
"Isabel dos Santos, filha do antigo presidente de Angola, abusou sistematicamente dos seus cargos em empresas estatais para desviar pelo menos 350 milhões de libras esterlinas (420 milhões de euros), privando Angola de recursos e financiamento para o tão necessário desenvolvimento", afirma o Governo britânico.
Um grupo de ação climático recomendou ao Governo do País de Gales de proibir a presença de cães em parques ou jardins, pois os imigrantes alegam sentir “estar em perigo” na presença destes animais.